Vaticano: Papa evoca vítimas do Holocausto e denuncia «propostas ideológicas» que ameaçam a humanidade

«Recordar é condição para um futuro melhor, de paz e de fraternidade», disse Francisco

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 27 jan 2021 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje no Vaticano o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, alertando para “propostas ideológicas” que ameaçam a humanidade.

“Tenham atenção, vejam como começou esta estrada de morte, de extermínio, de brutalidade”, disse Francisco, no final da audiência geral, na biblioteca do Palácio Apostólico, com transmissão online.

A intervenção evocou o aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, no final da II Guerra Mundial, o Dia da Memória.

“Evocamos as vítimas da Shoah e todas as pessoas perseguidas e deportadas pelo regime nazi”, referiu o Papa.

Recordar é uma expressão de humanidade. Recordar é um sinal de civilização. Recordar é condição para um futuro melhor, de paz e de fraternidade. “Recordar é também estar atentos, porque estas coisas podem acontecer, de novo, começando por propostas ideológicas que querem salvar um povo e que acabam por destruir um povo e a humanidade”.

Estima-se que 1,3 milhões de pessoas tenham sido enviadas para Auschwitz, onde terão morrido mais de um milhão de prisioneiros, incluindo 960 mil judeus, além de polacos, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e outros europeus.

No último dia 20 de janeiro foi inaugurado o Museu do Holocausto do Porto, criado pela Comunidade Judaica local (CIP/CJP).

O espaço retrata a vida judaica antes do Holocausto, o nazismo, a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, a ‘solução final’, as marchas da morte, a libertação, a população judaica no pós-guerra, a fundação do Estado de Israel e os chamados ‘Justos entre as Nações’, informa o jornal ‘Voz Portucalense’.

OC

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