Católicos portugueses promovem dia de oração pela paz, este domingo
Cidade do Vaticano, 21 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco interveio hoje no consistório extraordinário que decorre no Vaticano para enviar uma saudação à Igreja na Ucrânia, num momento de crise política neste país europeu.
“Gostaria de enviar uma saudação, não somente pessoal mas em nome de todos, aos cardeais ucranianos – o cardeal [Marian] Jaworski, emérito de L’viv, e o Cardeal [Ljubomyr] Huzar, emérito arcebispo-mor de Kiev – que nestes dias sofrem muito e enfrentam muitas dificuldades na sua pátria.
Uma escalada de violência na capital ucraniana fez cerca de 77 mortos na Praça da Independência e ruas envolventes, desde terça-feira.
A presidência ucraniana e a oposição anunciaram um acordo inicial para resolver a crise no país, incluindo a convocação de eleições antecipadas e um regresso à Constituição de 2004, que prevê poderes reduzidos para o chefe de Estado.
A mensagem do Papa foi aplaudida pelos presentes no encontro dedicado à família, que decorre desde quinta-feira e se vai concluir esta tarde.
Francisco tinha mostrado esta quarta-feira a sua preocupação com a situação na Ucrânia, apelando ao fim da violência.
“Convido todas as partes a cessar qualquer ação violenta e a procurar a concórdia e a paz do país”, disse, durante a audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.
A Coordenação da Capelania Nacional Católica de Imigrantes Ucranianos de Rito Bizantino, a Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) e a Fraternidade Franciscana de Santo António à Sé, em Lisboa, vão promover este domingo, pelas 20h00, um momento de oração “em memória das vítimas da violência registada na Ucrânia nos últimos dias, e para pedir a paz para este país tão sofrido ao longo de décadas”.
“Gostaríamos de contar com a presença da comunidade ucraniana residente em Portugal e da comunidade portuguesa para, juntos, elevarmos uma prece a Deus pelos mortos, que deram a sua vida pelo sonho de liberdade e de justiça e pelos que continuam a lutar em busca do sonho de uma pátria livre e em paz, onde sejam respeitados os direitos da dignidade humana”, referem os promotores da iniciativa, em mensagem enviada à Agência ECCLESIA.
OC