Vaticano: Papa envia cardeal a Washington, no âmbito da missão de paz na Ucrânia

D. Matteo Zuppi visitou Kiev e Moscovo, em junho

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 17 jul 2023 (Ecclesia) – O Papa decidiu enviar o cardeal Matteo Zuppi a Washington, no âmbito da missão de paz na Ucrânia, depois de o presidente da Conferência Episcopal Italiana ter visitado Kiev e Moscovo, em junho.

O anúncio foi feito esta segunda-feira, em comunicado, pela sala de imprensa da Santa Sé.

“De 17 a 19 de julho, o cardeal Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, acompanhado por um oficial da Secretaria de Estado, vai visitar Washington como enviado do Santo Padre Francisco”, indica a nota.

A visita, precisa o Vaticano, decorre “no contexto da missão que visa a promoção da paz na Ucrânia”, com o objetivo de “trocar ideias e opiniões sobre a trágica situação atual”.

A Santa Sé e os EUA vão ainda debater o apoio a “iniciativas de âmbito humanitário para aliviar os sofrimentos das pessoas mais atingidas e mais frágeis, de modo particular as crianças”.

Nos dias 28 e 30 de junho o cardeal Zuppi fez uma visita a Moscovo, procurando “identificar iniciativas humanitárias” para abrir “caminhos de paz”.

O enviado do Papa encontrou-se com Yuri Ushakov, assessor do presidente russo para assuntos de política externa, e Maria Lvova-Belova, Comissária do presidente para os Direitos das Crianças.

D. Matteo Zuppi reuniu-se com o patriarca Cirilo, líder da Igreja Ortodoxa da Rússia, “a quem transmitiu as saudações do Santo Padre e com quem também discutiu iniciativas humanitárias que possam facilitar uma solução pacífica”.

A 6 de junho, o cardeal Zuppi reuniu-se em Kiev com o presidente da Ucrânia, no dia em que encerrou a sua missão de paz ao país.

Segundo o Vaticano, o resultado destas conversas, “bem como a experiência direta do sofrimento atroz do povo ucraniano, devido à guerra em curso, serão levados ao conhecimento do Santo Padre e, sem dúvida, serão úteis para avaliar as diligências a realizar tanto a nível humanitário como na procura de caminhos para uma paz justa e duradoura”.

OC

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