Cerca de 2 mil pessoas perderam a vida, na tentativa de chegar à Europa, desde o início do ano
Cidade do Vaticano, 13 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa lamentou hoje o “trágico naufrágio” que aconteceu na última semana, no Mediterrâneo, em que morreram 41 pessoas, falando numa “chaga aberta” na humanidade.
“41 pessoas perderam a vida. Rezei por elas. Com dor e vergonha, temos de dizer que, desde o início do ano, já morreram quase 2 mil homens, mulheres e crianças neste mar, procurando chegar à Europa. É uma chaga aberta na nossa humanidade”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco saudou os esforços políticos e diplomáticos que procuram soluções “num espírito de solidariedade e fraternidade”, bem como todos os que atuam para “prevenir os naufrágios e socorrer os navegantes”.
Segundo testemunhos de quatro sobreviventes resgatados por uma patrulha da guarda costeira italiana, mais de 40 pessoas terão perdido a vida no naufrágio de um barco tinha saído de Sfax, na Tunísia, e terá virado devido a uma grande onda.
Já este sábado, duas pessoas morreram e 13 foram resgatadas ao largo da Tunísia, ponto de partida de uma das principais rotas para a travessia do mar Mediterrâneo, rumo ao território da União Europeia.
O Papa recordou ainda a celebração, nesta segunda-feira, véspera da solenidade da Assunção de Maria, de uma peregrinação nacional pela paz nos Camarões, país “atingido pela violência e a guerra”.
“Que Deus sustente a esperança do povo, que sofre há anos, e abra caminhos de diálogo para chegar à concórdia e a paz”, pediu.
Francisco deixou uma palavra para a “martirizada Ucrânia”, que “sofre tanto, com esta guerra”, antes de evocar as vítimas do incêndio no Havai.
Os fogos em Maui provocaram, pelo menos, 93 mortes, naquele que é considerado o incêndio mais mortífero em território dos Estados Unidos da América, no último século.
OC