Irmã Maria Concetta Seu, missionária e obstetra, está em África há cerca de 60 anos
Cidade do Vaticano, 27 mar 2019 (Ecclesia) – O Papa distinguiu hoje no Vaticano a irmã Maria Concetta Seu, missionária e obstetra que está em África há cerca de 60 anos e ajudou a nascer mais de 3 mil bebés.
“Querida irmã, em meu nome e em nome da Igreja, ofereço-lhe esta distinção. É um sinal do nosso afeto e do nosso obrigado por todo o trabalho que realizou entre as irmãs e irmãos africanos, ao serviço da vida, dos filhos, das mães, das famílias”, declarou Francisco, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
O pontífice apresentou a religiosa italiana a todos os peregrinos e visitantes, explicando que a conheceu em Bangui (República Centro-Africana, 2015), quando abriu o Jubileu da Misericórdia.
“Lá ela me contou que, em toda a sua vida, ajudou a nascer mais de três mil crianças. Que maravilha!”, disse.
A irmã Maria Concetta Esu, da Congregação das Filhas de São Giuseppe di Genoni, tem 85 anos de idade e é missionária na República Democrática do Congo há quase 60 anos; a religiosa já tinha sido recordada pelo Papa em 2015, depois de ter ido ao seu encontro, de canoa, durante a viagem à República Centro-Africana.
Francisco falou num sinal de “gratidão” pelo testemunho desta religiosa e de todos os “missionários, sacerdotes, religiosos e leigos, que espalham as sementes do Reino de Deus em todas as partes do mundo”
“O vosso trabalho é grande. Vós queimais a vossa vida, semeando a palavra de Deus com o vosso testemunho … E neste mundo, não fazeis. Não sois notícia, nos jornais”, assinalou.
O Papa recordou uma conversa com o cardeal Hummes, responsável pela pastoral da Igreja Católica do Brasil na Amazónia, que perante os túmulos dos missionários, costuma dizer: “Todos eles merecem ser canonizados, porque gastaram a sua vida no serviço”.
A irmã Maria Concetta vai regressar a África e Francisco pediu que todos a acompanhem com a sua oração.
“Que o seu exemplo nos ajude a viver o Evangelho, no lugar onde estamos”, concluiu.
A religiosa é conhecida por ‘Mamã Maria’ na República Democrática do Congo, onde se encontra desde 1959 e já viveu guerras e perseguições, informa o portal de notícias do Vaticano.
OC