Francisco assina prefácio de obra com 44 reflexões de escritores, artistas, teólogos e jornalistas
Cidade do Vaticano, 26 mai 2022 (Ecclesia) – O Papa apresentou a compaixão como uma força transformadora, num texto inédito divulgado hoje pelo Vaticano.
“A literatura está ligada à compaixão e isto leva à transformação que ocorre em cada experiência de escrita e leitura, e acontece de forma ambígua, ambivalente e, portanto, arriscada: contar histórias também pode desencadear uma força negativa, manipuladora e destrutiva”, assinala Francisco, no posfácio do livro ‘La tessitura del mondo’ (Editoras Lev e Salani).
A obra reúne reflexões de 44 autores, entre escritores, artistas, teólogos e jornalistas sobre o tema da narração, informa o Vaticano.
O Papa sustenta que a compaixão é “uma força poderosa” e “não pode ser reduzida apenas a um aspeto interior, íntimo”.
“Tem também uma dimensão evidentemente pública, social, motivo pelo qual a história se revela como uma força de memória, por conseguinte, guardiã do passado, mas também, precisamente por esta razão, um fermento de transformação para o futuro”, escreve.
A obra nasceu como resposta à mensagem de Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2020, centrada na importância das narrativas.
“Nas histórias o que importa é obviamente o dizer, mas talvez ainda mais o ouvir. Este livro é o relato de um diálogo que não termina na última página e, enquanto diálogo, tem o seu coração na escuta. Também silenciosa”, indica o Papa.
Francisco alude ao impacto da pandemia e à “urgência de regressar à atividade mais antiga e humana, a arte de contar histórias”.
OC
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