Vaticano: Papa denuncia agressividade crescente, visível em conflitos e tiroteios em massa

Francisco reforça alerta para III Guerra Mundial «aos bocados»

Cidade do Vaticano, 12 jul 2022 (Ecclesia) – O Papa alertou para a “agressividade” crescente na humanidade, que se traduz em conflitos e tiroteios em massa, reforçando a sua preocupação com o que tem chamado de III Guerra Mundial “aos bocados”.

“Pergunto-me:  por que essa agressividade, o que acontece na educação dessas pessoas? O que acontece no modo de vida dessas pessoas, o que acontece na sua história pessoal de desenvolvimento psicológico e humano que as leva a viver atacando e destruindo?”, referiu, numa entrevista em língua espanhola à plataforma de streaming ViX da ‘Noticias Univision 24/7’.

Questionado sobre os sucessivos episódios de violência armada e tiroteios em massa nos EUA, Francisco assumiu que se trata de um “grave problema social”, que se resolve a partir das suas “causas”, da “amargura” e “insatisfação” que afetam tantas pessoas.

“Há jovens tão insatisfeitos que só se sentem realizados destruindo e o mesmo vale para os atiradores que surgiram em vários locais”, indicou.

O Papa considerou a guerra e a violência como “uma coisa diabólica para destruir a humanidade, criticando a produção e comércio de armas.

Como tem referido em várias ocasiões, nos últimos anos, Francisco diz que se está a viver uma III Guerra Mundial “aos bocados“, com “guerras selvagens de destruição” em vários países, como a que se vive atualmente na Ucrânia.

Evocando as crises no Iémen e na Síria ou a memória da II Guerra Mundial, o Papa destacou que os conflitos bélicos são “impostos” à humanidade e mostram que se perdeu “a consciência da guerra”.

Tal como aconteceu na recente entrevista à Reuters, o pontífice, de 85 anos de idade, descartou um cenário de renúncia: “Não tenho qualquer intenção de me demitir. De momento, não”.

A entrevista aborda a questão do aborto, com Francisco a sublinha que, no caso do feto, há “vida humana”, que não considera legítimo “eliminar”.

Quanto à posição do presidente norte-americano, Joe Biden, católico, sobre a proteção do direito ao aborto, Francisco remeteu o tema para a “sua consciência” e deixou um apelo aos bispos católicos: “Quando se perde a dimensão pastoral, cria-se um problema político”.

OC

 

Vaticano: Papa lamenta fracasso da ONU perante guerra na Ucrânia (c/vídeo)

 

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