Vaticano: Papa deixa mensagem de esperança, contra o pessimismo e o medo

Francisco sublinha importância da fé, quando a vida parece «um sepulcro fechado»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 26 mar 2023 (Ecclesia) – O Papa deixou hoje no Vaticano uma mensagem de esperança, contra o pessimismo e o medo, a duas semanas da celebração da Páscoa.

“Caro irmão, cara irmã: tira as ligaduras que te amarram. Por favor, não cedas ao pessimismo que deprime, ao medo que isola, ao desânimo causado pela memória das más experiências, ao medo que paralisa”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação do ângelus.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco recordou a passagem do Evangelho segundo São João que é lida, em todo o mundo, nas celebrações do quinto domingo da Quaresma, a ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45).

O Papa falou num “hino à vida”, que deve inspirar quem carrega, no seu coração, “algum peso ou algum sofrimento”, ou se está a deixar “esmagar por sentimentos negativos”.

“Jesus dá vida, mesmo quando parece não haver mais esperança”, declarou.

Acontece, às vezes, sentir-se sem esperança, acontece a todos, ou encontrarmos pessoas que perderam a esperança: por causa de uma perda dolorosa, uma doença, uma amarga deceção, um erro ou traição sofrida, um grave erro cometido”.

Francisco alertou para os momentos em que a vida parece um “sepulcro fechado” e “tudo é escuro, em volta só se vê tristeza e desespero”.

“Nestes momentos não estamos sozinhos, pelo contrário, é precisamente nestes momentos que Jesus se aproxima, mais do que nunca, para nos restituir a vida”, acrescentou.

A intervenção sublinhou que, no relato do Evangelho, Jesus chora, diante do sepulcro do seu amigo.

“Hoje, Jesus chora connosco, como chorou por Lázaro”, acrescentou o Papa.

Francisco desafiou os católicos a espalhar “palavras e gestos de vida”, junto de quem sofre, deixando uma palavra especial aos confessores, sobre o sacramento da Reconciliação.

“Caros irmãos, não esqueçais que também vós sois pecadores. Estais nos confessionários, não para torturar, mas para perdoar e para perdoar tudo, como o Senhor perdoa tudo”, apelou.

OC

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