Francisco diz que empresas também podem ser espaços de misericórdia
Cidade do Vaticano, 17 nov 2016 (Ecclesia) – O Papa defendeu hoje no Vaticano a necessidade de recuperar o “sentido social” da atividade financeira e de fazer das empresas um espaço de “misericórdia”.
Francisco falava numa audiência aos cerca de 500 participantes da Conferência Internacional das Associações de Empresários Católicos (UNIAPAC).
“É urgente recuperar o sentido social da atividade financeira e bancária”, exortou o pontífice, argentino afirmando que isso supõe assumir o risco de “complicar a vida”, renunciando a possíveis ganhos.
O Papa pediu, em particular, linhas de crédito acessíveis aos pequenos produtores e empresários e denunciou, em nível internacional, a “atividade usurária” contra os países mais pobres, quando estes pedem financiamento.
A intervenção sublinhou que a atividade dos empresários, como agentes de inclusão económica e social, pode constituir um “exercício da misericórdia”, referindo que o dinheiro tem de ser visto como um instrumento de intermediação e não como um fim em si mesmo.
Francisco classificou a corrupção como a “pior chaga” da sociedade e a “fraude da democracia”.
“Uma das condições necessárias para o progresso social é a ausência de corrupção”, insistiu.
OC