Vaticano: Papa defende acompanhamento a doentes terminais, com investimento em cuidados paliativos (c/vídeo)

Intenção de oração para fevereiro sublinha necessidade de cuidar, mesmo quando é impossível curar

Cidade do Vaticano, 30 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa defendeu a importância do acompanhamento a doentes terminais, com investimento em cuidados paliativos, num vídeo divulgado pelo Vaticano.

“Rezemos para que os doentes terminais e as suas famílias recebam sempre os cuidados e o acompanhamento necessários, tanto do ponto de vista médico como humano”, pede Francisco, na sua intenção de oração para o mês de fevereiro.

O Papa cita São João Paulo II, o qual afirmava “curar se é possível, cuidar sempre”.

“É aqui que entram os cuidados paliativos, os quais garantem ao paciente não só a atenção médica, mas também um acompanhamento humano e próximo”, precisa.

Há duas palavras que, quando alguns falam de doenças terminais, confundem: incurável e in-cuidável. Não são a mesma coisa”.

Francisco sustenta que, mesmo quando há “poucas possibilidades de cura”, todos os doentes têm “direito ao acompanhamento médico, ao acompanhamento psicológico, ao acompanhamento espiritual, ao acompanhamento humano”.

“Às vezes não podem falar, às vezes pensamos que não nos conhecem, mas se lhes pegarmos na mão compreendemos que estão em sintonia. Nem sempre se alcança a cura. Porém podemos sempre cuidar do doente, acariciar o doente”, acrescenta.

O Papa assinala ainda o papel “decisivo” das famílias, pedindo que sejam acompanhadas “nestes momentos difíceis”.

“Devem ter os meios adequados para desenvolver o apoio físico, o apoio espiritual, o apoio social”, aponta.

A Igreja Católica celebra, anualmente, o Dia Mundial do Doente a 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes.

O Vídeo do Papa é uma iniciativa oficial de alcance global que visa divulgar intenções de oração mensais, desenvolvida pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração), confiada aos jesuítas.

Desde 2016, ‘O Vídeo do Papa’ teve mais de 210 milhões de visualizações em todas as redes sociais do Vaticano, em mais de 23 idiomas.

“Um casal, sentando na areia, contempla o mar: o menino abraça a menina, que ficou sem cabelo por causa da quimioterapia. Uma menina está ao lado da cama de seu avô, no hospital, abraçando-lhe. Um homem está junto ao leito de seu pai, com uma Bíblia no colo e um Rosário nas mãos. Uma enfermeira leva ao jardim um paciente que já não pode caminhar. Um médico explica a uma família o difícil caminho que vão ter que percorrer com seu parente a partir de agora. Conforme as olhamos, as imagens de O Vídeo do Papa de fevereiro nos falam de uma série de fracassos ou de êxitos: fracassos, se o único resultado aceitável é a cura; êxitos, se o objetivo é o cuidado”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Quando a doença bate à porta da nossa vida, aflora sempre em nós a necessidade de ter alguém próximo que nos olhe nos olhos, que segure a nossa mão, que manifeste a sua ternura e nos cuide, como o Bom Samaritano da parábola evangélica”, aponta o padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa.

OC

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