Francisco realça missão que é antes de mais uma «vocação de serviço»
Cidade do Vaticano, 04 mar 2019 (Ecclesia) – O Papa destacou hoje no Vaticano a importância de um novo paradigma político na América Latina, com o contributo dos leigos católicos, durante uma audiência com jovens participantes de uma pós-graduação em Doutrina Social da Igreja.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, Francisco defendeu que “é necessária uma nova presença de católicos na política na América Latina” e recordou aos mais novos que “a política não é a mera arte de administrar o poder, os recursos ou as crises” mas antes de mais “uma vocação de serviço”.
“Vocês como jovens católicos dedicados a diversas atividades políticas têm que ser vanguarda no modo de acolher as linguagens e os sinais, as preocupações e as esperanças dos setores mais emblemáticos da mudança de época latino-americana”, realçou o Papa argentino.
Recorde-se que este ano é marcado na América Latina pela realização de eleições presidenciais em seis países do território: Argentina, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Panamá e Uruguai.
Durante o encontro, Francisco frisou que esta deve ser uma época de “mudança” no continente, em termos do papel das lideranças políticas, e nesse sentido pediu aos jovens católicos que, “com grande criatividade e liberdade, busquem as mais variadas formas para ser pertinentes no momento de dar testemunho da fé na vida social e política da América Latina”.
O Papa sublinhou depois três áreas onde a necessidade de uma mudança de paradigma hoje mais se faz sentir: “as mulheres, os jovens e os mais pobres”.
“Se não nos quisermos perder num mar de palavras vazias, olhemos sempre o rosto das mulheres, dos jovens e dos pobres. Devemos olhá-los como sujeitos de transformação e não como meros objetos de assistência”, apontou.
A pós-graduação em Doutrina Social da Igreja e Compromisso Político na América Latina foi promovida pela Pontifícia Comissão para a América Latina, com a colaboração do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e da Fundação Konrad Adenauer.
JCP