Vaticano: Papa convida católicos a imitar santos para superar «interesses terrenos»

Francisco canonizou religiosos da Índia e da Itália, que apresentou como exemplo de amor a Deus e ao próximo

Cidade do Vaticano, 23 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco presidiu hoje no Vaticano à canonização de seis religiosos, novos santos da Igreja, que apresentou como exemplos de amor a Deus e ao próximo que devem inspirar os católicos a superar os interesses “terrenos”.

“Que os novos santos, com o seu exemplo e a sua intercessão, façam crescer em nós a alegria de caminhar na estrada do Evangelho, a decisão de o assumir como bússola da nossa vida. Sigamos os seus passos, imitemos a sua fé e a sua caridade, para que a nossa esperança se revista de imortalidade: não nos deixemos distrair por outros interesses terrenos e passageiros”, declarou, na homilia da Missa que congregou milhares de pessoas na Praça de São Pedro, na solenidade litúrgica de Cristo-Rei.

Entre os novos santos estão dois religiosos indianos, o padre Ciríaco Elias Chavara (1805-1871), fundador da Congregação dos Carmelitas da Beata Virgem Maria Imaculada, e a irmã Eufrásia do Sagrado Coração (Rosa Eluvathingal, 1877-1952).

Os outros santos são quatro religiosos italianos: Giovanni Antonio Farina, bispo de Vicenza e fundador das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas do Sagrado Coração (1803-1888); Nicola da Longobardi (1650-1709), oblato professo da Ordem dos Mínimos; Ludovico de Casoria (1814-1885), sacerdote franciscano que fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas Elisabetinas, instituição dedicada sobretudo à oração e à assistência aos doentes e idosos; Amato Ronconi, da Ordem Terceira de São Francisco, fundador do Hospital dos Pobres Peregrinos em Saludecio, agora ‘Casa de Repouso Obra Pia Beato Amato Ronconi’, que viveu no século XIII.

“Hoje, a Igreja coloca diante de nós como modelos os novos santos que, através das obras de uma generosa dedicação a Deus e aos irmãos, serviram, cada um no seu âmbito, o reino de Deus”, declarou o Papa, elogiando a “extraordinária criatividade” destes religiosos para responder “ao mandamento do amor a Deus e ao próximo”.

Estes santos, acrescentou, dedicaram-se "ao serviço dos últimos, ajudando os pobres, os doentes, os idosos, os peregrinos".

Na sua homilia, Francisco pediu que os que são chamados a assumir responsabilidades nas comunidades católicas sejam “pastores”, à imagem de Jesus, e não “mercenários”.

Segundo o Papa, a “regra de vida” apresentada por Cristo exige “a proximidade e a ternura”, a “imitação” das suas obras de misericórdia.

“No entardecer da vida seremos julgados pelo amor, pela proximidade e a ternura para com os irmãos. Disto vai depender a nossa entrada ou não no Reino de Deus, a nossa colocação de um lado ou do outro”, observou.

No final da Missa, o Papa presidiu à recitação do ângelus, pedindo que através dos dois novos santos indianos, um modelo de “concórdia e de reconciliação”, “o Senhor conceda um novo impulso missionário” a esta Igreja "muito corajosa", no caminho da “solidariedade e da convivência fraterna”.

Francisco saudou ainda as delegações vindas da Itália, recordando a importância do “espírito de colaboração e de concórdia pelo bem comum”, confiando na presença de Deus que “nunca abandona, mesmo nos momentos mais difíceis”.

OC

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