Vaticano: Papa convida a preparar corações para celebrar o Natal

Audiência geral destacou dimensão «humana» da oração de súplica

Cidade do Vaticano, 09 dez 2020 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje no Vaticano a uma preparação dos “corações” para a celebração do Natal, sublinhando a importância da oração.

“Queridos irmãos e irmãs de língua portuguesa, neste tempo de Advento peçamos o auxílio de São José e de Nossa Senhora para que, seguindo o seu exemplo, possamos também nós preparar os nossos corações para acolher o Menino Jesus que está a chegar”, disse, na audiência geral que decorreu na biblioteca do Palácio Apostólico, com transmissão online.

Na saudação aos ouvintes italianos, Francisco falou do tempo de Advento – as semanas que precedem o Natal no calendário católico – como um tempo de “espera”.

“À medida que nos aproximamos da celebração do Natal, dispõe-nos a abrir o nosso espírito à luz do Mistério de Belém. É um tempo de espera: que a espera do Salvador estimule cada um de vós a ser cada vez mais decidido e generoso na resposta às exigências da vocação cristã”, referiu.

A reflexão semanal do Papa falou da dimensão “humana” da oração cristã, em particular a de súplica, que surge “espontaneamente”.

“A oração de súplica caminha de mãos dadas com a aceitação dos nossos limites e da nossa condição de criaturas”, observou.

Francisco diz que a oração é uma “voz interior” que “pode talvez ficar em silêncio por muito tempo, mas um dia acorda e grita”.

“Nas situações aparentemente sem solução, existe uma única saída: o grito, a oração – ‘Ajudai-me, Senhor!’. A oração abre fendas de luz nas trevas mais escuras”, declarou.

O Papa sublinhou que é preciso “não ter vergonha” de rezar, sobretudo nos momentos de dificuldade, porque “Deus responde sempre”.

“Até mesmo a morte recua, quando um cristão reza, porque sabe que cada orante tem um aliado mais forte do que ela: o Senhor Ressuscitado. A morte já foi derrotada em Cristo, e virá o dia em que tudo será definitivo, e ela não poderá mais fazer escárnio da nossa vida e da nossa felicidade”, concluiu.

OC

No final da audiência, o Papa falou do Ano especial dedicado a São José, que decorre desde esta terça-feira até 8 de dezembro de 2021.

“Foi publicada uma carta apostólica dedicada a São José, que há 150 anos foi declarado patrono da Igreja universal. Intitulei-a ‘Com coração de pai’”, recordou.

“Deus confiou-lhe os tesouros mais preciosos, Jesus e Maria, e ele correspondeu plenamente, com fé, com coragem, com ternura. Com coração de pai. Invoquemos a sua proteção sobre a Igreja, neste nosso tempo, e aprendamos com ele a fazer sempre, com humildade, a vontade de Deus”, apelou Francisco.

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