Vaticano: Papa atento à Igreja na China

Diocese de Hong Kong celebrou missa de ação de graças pela eleição de Francisco

Lisboa, 09 abr 2013 (Ecclesia) – O cardeal John Tong, bispo de Hong Kong, revelou esta segunda-feira que o Papa lhe manifestou a sua atenção pela vida dos católicos chineses e disse mesmo que estes estão no seu “coração”.

O prelado, citado hoje pela agência AsiaNews, falava durante uma missa de ação de graças na diocese chinesa pela eleição de Francisco.

O cardeal Tong evocou o momento que se seguiu ao final das votações no Conclave, quando o Papa cumprimentou os presentes: “Beijou-me a mão para demonstrar o seu amor e a sua devoção pela nossa Igreja, um beijo que me comoveu muito”.

O bispo de Hong Kong ofereceu a Francisco uma estátua da Virgem de Sheshan, a quem é dedicado um santuário em Xangai.

“Não me esqueço de rezar pelos católicos da China, que ofereceram tantos testemunhos à Igreja universal”, disse o Papa, segundo o cardeal Tong.

Francisco beijou o anel do prelado, no encontro que teve com todos os cardeais, a 15 de março.

A China felicitou o Papa Francisco pela sua eleição, mas exortou o Vaticano a tomar “medidas práticas e flexíveis” para melhorar as relações com Pequim.

A Santa Sé revelou em outubro de 2012 a intenção de reforçar o diálogo com a China, criando uma “comissão permanente” para esse fim, e espera que o regime de Pequim responda à carta enviada por Bento XVI em 2007 ao país asiático.

Nessa missiva, o agora Papa emérito referia-se a “um controlo indevido, exercido sobre a vida da Igreja”.

Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada por Pequim.

Esta organização do regime foi criada em 1957 para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

O Vaticano considera ‘ilegítimos’ os bispos que receberam jurisdição da APC, sem autorização do Papa.

OC

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