Mensagem a peregrinos reunidos em Lourdes
Cidade do Vaticano, 15 nov 2019 (Ecclesia) – O Papa enviou uma mensagem aos peregrinos reunidos em Lourdes para a celebração do III Dia Mundial dos Pobres, que se celebra no domingo, apresentando os mais desfavorecidos como o “tesouro” da Igreja.
“Vós que sois pequenos, pobres, frágeis, sois o tesouro da Igreja. Vós estais no coração do Papa, no coração de Maria, no coração de Deus. Cada vez que a vossa vida foi pisada, maltratada, ofendida, foi Jesus a ser pisado, maltratado, ofendido”, refere a intervenção, em vídeo, divulgada hoje pelo Vaticano.
Francisco falava aos participantes na peregrinação organizada pela associação ‘Fratello’, que promove iniciativas em favor dos mais pobres e vulneráveis.
“Irmãos e irmãs, eu preciso de vós, de cada um de vós. Vós que estão ao pé da cruz, talvez sozinhos, isolados, abandonados, sem-abrigo, forçados a abandonar a vossa família ou o voss país, vítimas do álcool, da prostituição, da doença. Estai cientes de que Deus vos ama”, declarou.
Na sua mensagem para o III Dia Mundial dos Pobres, uma celebração instituída na Igreja Católica pelo próprio Francisco, o Papa denuncia a existência de um “túnel” sem fim de miséria, em toda a humanidade, que exclui a maior parte da população mundial, gerando uma situação que será insustentável, a curto prazo.
“A condição de marginalização, em que vivem acabrunhadas milhões de pessoas, não poderá durar por muito tempo. O seu clamor aumenta e abraça a terra inteira”, escreve.
O texto, divulgado pelo Vaticano, denuncia “formas de novas escravidões” a que estão submetidos milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, nos dias de hoje.
O Papa evoca, em particular, “os milhões de migrantes vítimas de tantos interesses ocultos”, as pessoas sem-abrigo e marginalizadas e os pobres que procuram, no lixo, algo com que se “alimentar ou vestir”.
A celebração do III Dia Mundial dos Pobres acontece este ano a 17 de novembro, penúltimo domingo do calendário litúrgico católico.
À Imagem dos anos anteriores, o Papa vai almoçar com um grupo de 1500 pobres, no auditório Paulo VI, do Vaticano, após a Missa na Basílica de São Pedro.
OC