Vaticano: Papa alerta para «ventos gélidos» da guerra, que persistem sobre a Europa

Francisco projeta viagem à Hungria, de 28 a 30 de abril, alertando para «questões humanitárias» levantadas por migrantes e refugiados

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 23 abr 2023 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje para os “ventos gélidos” da guerra que persistem sobre a Europa, evocando em particular a situação na Ucrânia e a crise provocada pelos refugiados.

“As movimentações de muitas pessoas colocam na ordem do dia questões humanitárias urgentes”, disse Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, ao saudar os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para recitar a oração pascal do ‘Regina Coeli’.

A intervenção projetou a viagem do Papa à Hungria, que vai decorrer de 28 a 30 de abril.

“Será uma viagem ao centro da Europa, sobre a qual se continuam a soprar gélidos ventos de guerra”, advertiu.

“Não nos esqueçamos dos nossos irmãos e irmãs ucranianos, ainda atingidos por esta guerra”, acrescentou Francisco.

O Papa quis deixar uma mensagem de afeto à população húngara, que prepara “com muito empenho” esta visita.

“Agradeço-vos de coração, por isto, e peço a todos vós que me acompanheis com a oração, nesta viagem”, declarou.

Com o lema ‘Cristo é a nossa esperança’, a visita à Hungria será a 41ª viagem internacional do pontificado e representa um regresso a Budapeste, onde Francisco presidiu, em 2021, à Missa de encerramento do 52.º Congresso Eucarístico Internacional.

Desde o início da guerra na Ucrânia, cerca de um milhão de refugiados provocados pela invasão russa passaram pela Hungria, rumo a outros países europeus.

O programa da visita inclui encontros com migrantes e pobres, tendo sido acrescentada uma reunião com a comunidade greco-católica, particularmente representada na Ucrânia.

A comitiva do Papa vai incluir o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, D.Claudio Gugerotti.

OC

Na sua intervenção deste domingo, Francisco aludiu ainda à “grave a situação no Sudão”, onde há uma semana rebentaram conflitos entre as Forças Armadas, que lideram o país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês).

“Renovo o meu apelo para que a violência acabe o mais rapidamente possível e se retome o caminho do diálogo. Convido todos a rezar pelos nossos irmãos e irmãs sudaneses”, pediu.

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