Francisco lamentou preconceitos contra estas pessoas, inclusive dentro da Igreja Católica
Cidade do Vaticano, 26 abr 2019 (Ecclesia) – O Papa pediu esta quinta-feira, no Vaticano, o fim da discriminação das pessoas surdas e lamentou a sua falta de integração, na Igreja e na sociedade, falando perante membros da Federação Italiana das Associações de Surdos.
“As pessoas surdas vivem inevitavelmente uma condição de fragilidade; isso faz parte da vida e pode aceitar-se positivamente. O que, pelo contrário, não se pode aceitar é que essas pessoas e as suas famílias vivam situações de preconceito, às vezes inclusive dentro da própria comunidade cristã”, advertiu Francisco.
O Papa convidou as comunidades católicas a eliminar quaisquer barreiras para estas populações, acolhendo de braços abertos quem é diferente.
“Vocês ensinam-nos que somente habitando o limite e a fragilidade é possível ser construtores da cultura do encontro, em oposição à indiferença que cresce”, apontou.
Francisco sublinhou em particular o testemunho de fé das pessoas surdas, as quais demonstram que “a voz de Deus ressoa no coração” e ultrapassa qualquer limite físico.
A intervenção reiterou a importância da presença das pessoas surdas na Igreja “para construir comunidades que sejam casas acolhedoras e abertas a todos, a partir dos últimos”.
“Rezo por elas e rezo por vós, para que possam levar o vosso contributo à sociedade, sendo capazes de um olhar profético, capazes de acompanhar processos de partilha e inclusão, capazes de cooperar para a revolução da ternura e da proximidade”, concluiu o Papa, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.
OC