Vaticano organiza congresso internacional sobre deficientes auditivos

Igreja quer valorizar contributo dos surdos nas suas comunidades e na sociedade

Começa esta Quinta-feira, no Vaticano, a 24.ª Conferência Internacional do Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde. A iniciativa, que se prolonga até 21 de Novembro, reflectirá sobre “O deficiente auditivo na vida da Igreja”.

No mundo, as pessoas com deficiência auditiva são mais de 278 milhões. Entre essas, 59 milhões são atingidas por surdez total. Oitenta por cento das pessoas surdas vivem nos países menos desenvolvidos, onde a falta de infra-estruturas sanitárias adequadas se acrescenta às dificuldades econômicas para a aquisição de medicamentos.

“A finalidade que nos propomos com a escolha deste tema é oferecer à Igreja uma oportunidade para valorizar a contribuição dos deficientes auditivos nos diversos campos de apostolado, dando, assim, pleno reconhecimento à relevância da sua actuação”, afirmou o presidente do Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde, D. Zygmunt Zimowski, aquando da apresentação da iniciativa a Bento XVI.

Para a preparação do programa foram determinantes as contribuições da “International Catholic Foundation for the Service of Deaf Persons” e da congregação religiosa “Pequena Missão para os surdos-mudos”.

“As conferências propõem-se enfrentar, sob os aspectos sociológico, psicológico, médico, familiar e, sobretudo, pastoral, a condição das pessoas surdas. Além desses temas, terão lugar algumas mesas-redondas com experiências concretas de grupos familiares e de deficientes auditivos”, disse o presidente do Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde.

Uma das intervenções mais aguardadas é a do missionário sul-africano cego e surdo Pe. Cyril Axelrod, que anuncia a mensagem cristã através de linguagem gestual. Estima-se que façam parte da Igreja Católica cerca de um milhão e trezentos mil deficientes auditivos.

“O objectivo do encontro é sensibilizar toda a comunidade e impulsionar acções concretas e eficazes, a nível social e eclesial, para aliviar as dificuldades dos surdos”, concluiu D. Zygmunt Zimowski.

Com Rádio Vaticano

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