Vaticano: «O nosso tempo perdeu o sentido do choro» – Papa 

Francisco apontou os “dramas do descarte” e recordou este Domingo da Misericórdia

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 23 abr 2022 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu este sábado três mil membros da comunidade pastoral do Santuário de Nossa Senhora das Lágrimas em Treviglio, enalteceu “a graça de choro” e apontou a necessidade de lágrimas na atualidade, perante “dramas do descarte”.

“O nosso tempo perdeu o sentido do choro. E devemos pedir a graça de chorar diante das coisas que vemos, diante do uso que se faz da humanidade, não só guerras – falei delas – mas o descarte, idosos descartados, crianças descartadas mesmo antes de nascerem… Tantos dramas do descarte; aquele que é um homem pobre ali e não tem do que viver é descartado. As praças, as ruas cheias de sem abrigo as misérias de nosso tempo dever-nos-ia fazer chorar e precisamos chorar”, afirmou.

Francisco frisou que este domingo será celebrado o “Domingo da Misericórdia”, Maria é mãe da Misericórdia e sabe o que significa, porque “recebeu de Deus” e referiu que Maria chora pelas vítimas da guerra que está destruindo não apenas a Ucrânia” mas que destrói todos os povos envolvidos”.

“Deus sempre perdoa! Sempre! Somos nós que nos cansamos de pedir perdão. E é por isso que as lágrimas de Nossa Senhora são um sinal da compaixão de Deus, e esta compaixão sempre nos perdoa; são um sinal da dor de Cristo por nossos pecados, pelo mal que aflige a humanidade, especialmente os pequenos, e os inocentes, que são os que sofrem”, indicou.

Aos fiéis presentes na Sala Paulo VI, acompanhados pelo pároco padre Norberto Donghi e pelo arcebispo de Milão dom Mario Delpini, o Papa recordou os outros santuários dedicados à Virgem Maria que chora, de Siracusa, sul da Itália, a La Salette, em França.

“Ternura, compaixão e proximidade. Este é o estilo de Deus. O estilo de Deus é proximidade, compaixão e ternura. Este é o estilo de Deus. Há um estilo pastoral que diz respeito a todos: sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, consagrados… Todos próximos, compassivos e ternos. E todas as idades, todas as estações da vida”, concluiu.

SN

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Agência ECCLESIA

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