Portuguesa é a atual representante especial do secretário-geral da ONU para o setor
Cidade do Vaticano, 22 mar 2017 (Ecclesia) – A portuguesa Marta Santos Pais, representante especial do secretário-geral da ONU para a Violência contra as Crianças, destacou esta terça-feira a importância da cooperação com a Igreja Católica e o Papa Francisco na resolução dos desafios deste setor.
“Como referiu o Papa, é imperativo ultrapassar a indiferença social e quebrar o silêncio à vota das situações de violência e abuso contra crianças”, salienta Marta Santos Pais, que no dia 18 de março no Vaticano teve uma audiência privada com Francisco.
Para aquela responsável, “no centro da estratégia de cada nação, mas também de cada credo e pessoa, tem de estar a agilização de medidas de proteção para os menores”.
“Se queremos um mundo livre do medo e da violência, todos temos de contribuir e participar”, aponta.
Durante o encontro com a representante especial do secretário-geral da ONU para a Violência contra as Crianças, o Papa Francisco frisou que a violência contra as crianças “é uma praga” dos nossos dias, “um grito abafado que deve ser ouvido por toda a sociedade”.
O Papa argentino reafirmou ainda a necessidade de uma política de “tolerância zero” para estes casos, que merecem “a tomada de todas as medidas necessárias de modo a proteger os mais novos, para que estes crimes nunca mais se repitam”.
Recorde-se que há cerca de três anos o Papa criou a Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores, que tem oferecido recomendações para a prevenção e combate a casos de abusos.
Marta Santos Pais chegou ao UNICEF em 1997 e quatro anos depois foi nomeada diretora do Centro de Investigação ‘Inoccenti’, do mesmo Fundo das Nações Unidas para a Infância.
De 1991 a 1997, foi relatora do Comité dos Direitos da Criança, período durante o qual exerceu também as funções de vice-presidente do Comité de Coordenação de Políticas sobre a Criança do Conselho da Europa.
JCP