O compromisso ecológico da Igreja não se fica pelas palavras e chega às cúpulas do Vaticano. Literalmente. Uma série de painéis solares serão colocados, ao longo do próximo ano, no telhado da sala Paulo VI, onde habitualmente decorrem as grandes audiências no Vaticano, criando suficiente energia eléctrica para a iluminação, o aquecimento e o ar condicionado do edifício. O auditório, de 6300 lugares, não é usado todos os dias, pelo que “a energia (excedente) alimentará a rede de energia”, e assim outras instalações do Vaticano poderão usar a potência gerada pelas células fotovoltaicas, declarou Pier Carlo Cuscianna. O chefe do departamento dos serviços técnicos do Vaticano diz à agência norte-americana CNS que “a energia solar irá fornecer toda a energia de que o edifício precisa”. Este gigantesco conjunto, contudo, é apenas o início. Segundo Cuscianna, há outros locais no Vaticano em que serão instalados painéis solares, “mas ainda é demasiado cedo para os revelar”. Pontos históricos como a Basílica de São Pedro não serão tocados. Um estudo de viabilidade da conversão, publicado recentemente pelo Osservatore Romano, jornal do Vaticano, diz que o processo tem vantagens, economicamente.