Francisco refletiu sobre importância de perdoar sempre, sem guardar rancor
Cidade do Vaticano, 13 set 2020 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que os católicos devem perdoar sempre, sem guardar rancor, seguindo o ensinamento de Jesus, admitindo que “não é fácil” colocar em prática esta intenção.
“Lembra-te do teu fim e deixa de ter ódio”, apelou Francisco, citando uma passagem do livro bíblico de Ben-Sirá.
Falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus, o pontífice destacou que o perdão não é apenas algo “momentâneo”, mas uma atitude contínua, “contra este rancor, este ódio que regressa” como uma “mosca inoportuna no verão”.
“Não podemos esperar o perdão de Deus para nós mesmos se não concedermos o perdão ao nosso próximo. É uma condição. Pensa no fim, no perdão de Deus, e deixa de ter ódio”, declarou.
A intervenção partiu da passagem do Evangelho que é lido hoje nas celebrações eucarísticas em todo o mundo, a “parábola do rei misericordioso”, que perdoa uma dívida mas vê o perdoado agir de forma contrária com um companheiro.
“Na atitude divina, a justiça é permeada pela misericórdia, enquanto a atitude humana se limita à justiça”, indicou.
Jesus exorta-nos a abrirmo-nos com coragem ao poder do perdão, porque nem tudo na vida se resolve com justiça. Sabemos bem disso”.
O Papa convidou a fazer do perdão e da misericórdia um “estilo de vida”, que pode evitar sofrimentos e guerras, “também nas famílias”.
“Quantas famílias desunidas, que não se sabem perdoar”, lamentou.
“É necessário aplicar o amor misericordioso a todas as relações humanas: entre cônjuges, entre pais e filhos, nas nossas comunidades, na Igreja, e também na sociedade e na política”, acrescentou.
No final do encontro de oração, Francisco saudou vários grupos presentes, incluindo uma peregrinação de ciclistas com doença de Parkinson.
OC