Vaticano lança novo apelo em favor dos meninos de rua

100 milhões de “meninos de rua” constituem um dos desafios mais difíceis e inquietantes do nosso século, também para a Igreja. A constatação está registada nas conclusões do I Encontro Internacional para a Pastoral dos Meninos de Rua, promovido pelo Conselho Pontifício para os Migrantes e os Itinerantes. O texto, revelado esta semana, pede uma maior tomada de consciência sobre a gravidade do fenómeno e um empenho sistemático para enfrentá-lo, também no âmbito eclesial, “agindo com fantasia, criatividade e coragem, para chegar até os meninos nos novos locais de agregação, despertar na comunidade cristã a própria vocação ao serviço e à missão”. A situação de mais de 100 milhões de crianças, do Brasil ao México, da Rússia à Roménia, das Filipinas à Índia, é impressionante e dramática, tendo levado a Santa Sé a organizar este I Encontro Internacional da Pastoral dos Meninos de Rua. No Encontro participaram, além dos membros do Conselho Pontifício, os representantes das Conferências Episcopais de 11 nações europeias, entre as quais Portugal, e de 7 países de outros continentes, incluindo especialistas. Conhecidos um pouco por todo o mundo como “chokora”, “homeless”, “pajaros fruteros”, “moineaux”, “meninos de rua”, “niños de la calle” ou “enfants sorciers”, as crianças são para a Santa Sé “as primeiras vítimas da desagregação familiar, da urbanização desordenada, das migrações e das numerosas guerras dos nossos dias”. Os objectivos fixados, após dois dias de encontro são “a criação de comunidades e grupos (paroquiais e não-paroquiais), nos quais os jovens possam conhecer e viver o Evangelho radicalmente; a instituição de escolas de oração que dêem um novo impulso à dimensão contemplativa, e consequentemente, missionária dos diversos grupos; a formação de equipas de evangelização, assim como de jovens ‘missionários’, que levem o abraço de Cristo Ressuscitado aos ‘novos pobres’ de nosso século; a formação de jovens profissionalmente preparados, que saibam confluir os seus valores artísticos e culturais na criação de novos espectáculos, capazes de influenciar significativamente na prevenção, e alcançar, com mensagens evangélicas, milhares de jovens; a criação de centros de formação à evangelização de rua; o empenho em usar os Media para difundir o Evangelho”. O texto integral do Documento final, em italiano, está em www.evangelizatio.org/portale/adgentes/db/pcpmi_04.html

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