Cardeal Krajewski entregou geradores elétricos e camisolas térmicas, como sinal de solidariedade no Natal
Cidade do Vaticano, 27 dez 2022 (Ecclesia) – O cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, encerrou uma missão humanitária na Ucrânia, como representante do Papa, onde entregou geradores elétricos e camisolas térmicas à população, atingida por dez meses de guerra.
“Sofre-se muito com a falta de água e luz”, indicou o presidente do Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé), em declarações ao portal de notícias do Vaticano, divulgadas hoje.
O colaborador do Papa disse que Francisco estava “feliz por ter podido rezar e sofrer com a população, por meio do seu esmoler”.
A viagem começou a 17 de dezembro, com passagens por Kiev e Lviv, tendo o cardeal polaco celebrado o Natal com a comunidade de rito latino.
O Dicastério para o Serviço da Caridade promoveu uma campanha de recolha de bens essenciais para a população ucraniana, tendo em vista o impacto do inverno.
“Em Lviv, deixei muitos geradores e tantas camisolas térmicas quanto pude. Depois, com o carro cheio de roupas térmicas, cheguei a Kiev e entreguei tudo à Caritas. Eles começaram a distribuir por várias partes da Ucrânia, especialmente em zonas de guerra”, relata o cardeal Krajewski.
O esmoler pontifício esteve ainda em Fastiv, a 80 quilómetros da capital ucraniana, onde religiosos dominicanos têm uma casa para deslocados da guerra, muitos dos quais estão a deixar o país.
A Missa foi celebrada graças à ajuda de um gerador oferecido em nome do Papa, que serve também para iluminar e aquecer o edifício que acolhe os refugiados.
A ceia de Natal juntou o cardeal Krajewski, a comunidade dominicana e 150 voluntários de várias nações e religiões.
“Havia a paz. Apesar de estarmos num local muitas vezes bombardeado, havia tranquilidade”, sustentou o representante do Papa.
Em Kiev, o esmoler pontifício visitou as Missionárias da Caridade, congregação fundada por Santa Teresa de Calcutá, que gerem um dormitório, na zona de guerra, e recebem cerca de 200 pessoas, três ou quatro vezes por semana, para o almoço.
“O barulho dos geradores pode ser ouvido em todos os lugares. Muitos vieram da Itália, graças à incrível generosidade do povo. Todos os que trouxemos foram distribuídos e funcionam. Eu diria que foi uma missão cumprida”, conclui D. Konrad Krajewski.
OC