Vaticano: Encontro com o Papa foi uma «oportunidade extraordinária de beber alguma inspiração» – José Luis Peixoto

Escritor integrou grupo de 200 artistas, «criadores de muitas origens e muitas áreas» que foram «chamados à atenção para o essencial»

Cidade do Vaticano, 23 jun 2023 (Ecclesia) – O escritor português José Luís Peixoto um dos artistas portugueses presentes hoje na audiência com o Papa, na Capela Sistina, disse à Agência ECCLESIA que sentiu o encontro como “oportunidade extraordinária de inspiração” e um “regresso ao essencial”.

“Esta foi uma oportunidade extraordinária de beber alguma inspiração, tive o privilégio de estar numa sala com criadores de muitas origens e de muitas áreas. As palavras que o Papa partilhou connosco foi para nos chamar a atenção para o essencial que, nesta área das artes e comunicação, apesar de subjetiva, tem claras raízes na humanidade e nas questões que nos preocupam desde sempre e, seguramente, para sempre”, contou em declarações à Agência ECCLESIA.

O escritor contou que “todos os temas que ali foram levantados são essenciais” e, no seu caso específico, “de refletir, de propor possibilidades e seguir uma vontade de auto conhecimento e de conhecimento do outro” leva sempre a “construir mundos que depois são habitados por pessoas que nem chegamos a conhecer mas que partilham esta experiência que é a vida”.

Mesmo sem palavras estava ali a promoção da ideia de encontro e isso, a meu ver, é fundamental do trabalho artístico”.

José Luís Peixoto já esteve várias vezes em Roma, em termos profissionais, e as visitas ao Vaticano foram sempre “muito breves”.

“Em conversa breve com D. José Tolentino [Mendonça] partilhava que era a primeira vez que entrava na Capela Sistina, ao que me respondeu, ‘logo num dia especial, em que a cadeira tinha o meu nome”, partilha o escritor.

O entrevistado indicou ainda que esta visita o “deixou com vontade de abreviar o plano de vir com a família ao Vaticano”.

Além da audiência desta sexta-feira com o Papa, José Luís Peixoto teve a oportunidade de visitar os Museus do Vaticano, algo que considerou um “privilégio”. 

“O que levo e o que me toca mais é uma carga de inspiração imensa porque muitas vezes é fácil perder de vista o essencial e, hoje, as palavras e a forma como as senti foi um regresso, um re-calibrar, o que é importante, verdade essencial e tão fundamental neste trabalho de comunicação e encontro que tenho a sorte de fazer”, afirmou.

SN

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