Vaticano: “E eu hoje, nesta Páscoa de 2018, o que faço?”, pergunta o Papa

Francisco apresentou reflexão sobre as «surpresas» de Deus no domingo em que os católicos assinalam a ressurreição de Jesus

Cidade do Vaticano, 01 abr 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco questionou hoje os católicos sobre a sua atitude perante as “surpresas” de Deus, falando na Missa do Domingo de Páscoa, que reúne milhares de pessoas na Praça de São Pedro, antes da tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade [de Roma] e ao mundo).

“E eu hoje, nesta Páscoa de 2018, o que faço?”, perguntou, numa breve homilia improvisada, durante a celebração.

Francisco começou por falar do primeiro anúncio, “O Senhor ressuscitou”, um anúncio que andava “de boca em boca”, como um cumprimento, no início do Cristianismo.

O pontífice assinalou que este foi um anúncio “surpresa”, que começou por espantar as mulheres que foram até ao túmulo de Jesus Cristo.

“O nosso Deus é o Deus das surpresas”, sustentou, uma surpresa que “toca o coração”.

A intervenção assinalou, em seguida, que a reação ao anúncio da ressurreição de Jesus foi de “pressa”, as mulheres “correm” para anunciar aos outros o que encontraram.

“As surpresas de Deus colocam-nos em caminho, imediatamente”, sublinhou o Papa.

Para Francisco, é importante “andar, correr, para ver esta surpresa, este anúncio”.

“As boas notícias dão-se sempre assim, a correr”, prosseguiu.

A homilia assinalou que, entre os apóstolos, há um que “toma o seu tempo”, não quer “arriscar”, São Tomé.

“O Senhor tem paciência para os que não vão tão depressa”, assinalou o pontífice.

A intervenção encerrou-se com uma pergunta dirigida a todos os católicos, nesta celebração da Páscoa: “E eu, o que faço?”.

“Tenho o coração aberto às surpresas de Deus, sou capaz de ir a correr?”, perguntou Francisco.

A celebração inicia-se, como é tradição desde 2000, com o rito do ‘resurrexit’ (ressuscitou), com a abertura dos painéis laterais do ícone do Santíssimo Salvador, ao canto do “Aleluia”.

Este rito, perdido durante vários séculos, era realizado antigamente na Basílica de São João de Latrão, em Roma, da qual o Papa partia em procissão para a Basílica de Santa Maria Maior, onde celebrava a Missa.

A Praça de São Pedro foi adornada com flores e plantas procedentes, pelo 31.º ano consecutivo, da Holanda.

Após a Missa, o Papa desloca-se depois para a varanda central da Basílica de São Pedro, para a bênção à cidade de Roma e ao mundo, a mensagem e as saudações pascais.

A Páscoa assinala a ressurreição de Jesus e é a festa mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica.

“A nossa fé nasce na manhã de Páscoa: Jesus é vivo! Essa experiência é o núcleo da mensagem cristã”, escreveu Francisco, esta manhã, na sua conta ‘@pontifex’ do Twitter.

OC

Notícia atualizada às 09h55

 

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Agência ECCLESIA

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