Cidade do Vaticano, 09 set 2022 (Ecclesia) – O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano apresentou hoje a viagem do Papa ao Cazaquistão, de 13 a 15 de setembro, para participar no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, indicando que encontros bilaterais estão a ser definidos.
“No centro deste caminho só pode estar o diálogo, o encontro, a busca da paz entre os diversos mundos religiosos e culturais”, disse o Matteo Bruni, informa o portal ‘Vatican News’.
O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano apresentou o programa da 38ª Viagem Apostólica de Francisco, que se realiza à capital cazaque, Nursultan, de 13 a 15 de setembro, para participar no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, observou que é mais um gesto de um pontificado cheio de esforços inter-religiosos.
‘Mensageiros de paz e de unidade’ é o lema desta viagem internacional de Francisco ao Cazaquistão, que está escrito no logotipo em cazaque, na parte de cima, e russo, na parte de baixo; no meio, o logotipo, destacam-se mãos e um coração, uma pomba, um ramo de oliveira e “um ‘shanyrak’, um elemento da casa tradicional do povo cazaque.
Matteo Bruni lembrou que a viagem de Francisco se realiza 21 anos depois de João Paulo II ter visitado este país, poucos dias após o atentado terrorista às Torres Gémeas, em Nova Iorque, e ao Pentágono, com a mensagem de que “as religiões não podem ser lugares de conflito e pediu que a paz reine”, e o tempo hoje encontra analogias, o cenário internacional e global é de preocupação pela guerra na Ucrânia e por inúmeras crises mundiais.
Esta quinta-feira, Francisco disse que a “Europa e o mundo estão abalados por uma guerra de especial gravidade”, identificando a “violação do direito internacional”, a “escalada nuclear” e as “consequências económicas e sociais”, num encontro com os representantes pontifícios (diplomatas da Santa Sé), que são testemunhas da “terceira guerra mundial ‘em pedaços’”.
O portal de notícia do Vaticano informa que, segundo Matteo Bruni, nas suas intervenções o Papa pode fazer referência à abolição da pena de morte, também à sociedade cazaque e instituições, que estão em plena transformação; Sobre os encontros bilaterais acrescentou que os tempos e os métodos ainda precisam ser estudados”, não fazendo referência à ausência do patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo, e a uma possível reunião com o presidente chinês, Xi Jinping.
Neste momento, 108 delegações de 50 países estão confirmadas para o VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais; O Papa vai liderar a delegação da Santa Sé, que nas edições anterior tinha como responsável um cardeal.
O Cazaquistão vai ser o 57º país visitado por Francisco, antiga república soviética, independente desde em 1991; A comunidade católica representa cerca de um por cento dos 19 milhões de cazaques; 70% da população é muçulmana sunita e 26% cristã, principalmente ortodoxa russa.
CB
Igreja: Vaticano divulga programa de viagem do Papa ao Cazaquistão