Vaticano defende presença de força internacional no Líbano

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, considera que uma força internacional para mediar o conflito entre o Líbano e Israel “poderia ser oportuna”, desde que tenha “os instrumentos para intervir”. Em entrevista à revista “Famiglia Cristiana”, publicada hoje, o Cardeal Sodano afirmou que “a história recente de algumas dessas forças da ONU não é animadora”. “Basta pensar na inércia dessas forças em algumas dolorosas situações nos Balcãs, na África, ou como no Haiti ou Timor Leste”, disse. “Ainda existe uma força da ONU, a Unifil, entre o Líbano e Israel, mas não pôde impedir o conflito actual. O que é preciso é a disposição para a paz por parte de governantes e governados”, acrescentou o Secretário de Estado do Vaticano. Nesse sentido, Igreja, e particularmente a Santa Sé, procurarão “convidar as partes ao diálogo, para encontrar caminhos de acordo e de reconciliação”. “A nossa maior preocupação é ajudar as partes em causa a colocar, rapidamente, um ponto final nesta guerra disparatada”, frisou. Apesar de reconhecer o direito à defesa de cada Estado, o Secretário de Estado do Vaticano refere que “é preciso não envolver civis inocentes”. “O direito humanitário é uma conquista da nossa civilização, e não deveria ser violado nunca”, disse. O Vaticano está presente, como observador, na Conferência Internacional que reúne 15 países e três organizações, iniciada hoje de manhã, em Roma. O objectivo é tentar encontrar uma solução para o conflito no Médio Oriente, agora com especial incidência no Líbano. A reunião – que deverá durar poucas horas – termina com uma conferência de imprensa conjunta.

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