Vaticano: Congregação para a Educação Católica publicou três novas instruções para o Ensino Superior

Documentos centram-se em três palavras-chave: «Agregação; incorporação e filiação»

Cidade do Vaticano, 09 dez 2020 (Ecclesia) – A Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé, publicou hoje três novas instruções para as instituições de ensino superior e regulam a sua “eventual agregação, incorporação e filiação”.

“Queremos enfrentar os desafios de hoje e para que o sistema de estudos eclesiásticos acompanhe o impulso da Igreja por um novo espírito missionário”, explicou D. Angelo Vincenzo Zani,  secretário da Congregação para Educação Católica.

O portal ‘Vatican News’ informa que os documentos pretendem responder à necessidade de “construir rede” na realidade composta das instituições de ensino superior por um Igreja em saída e missionária: “Tarefa exigente tanto para as disciplinas contempladas nos estudos eclesiásticos como para as próprias instituições”.

Os documentos da Congregação para a Educação Católica centram-se em três palavras-chave – agregação; incorporação e filiação dos institutos – “três mudanças importantes” que devem ser todas apresentadas ao dicastério do Vaticano e “outorgadas por um decreto válido por 5 anos”.

As Instruções serão aplicadas no primeiro dia do ano letivo 2021-2022 ou ano letivo 2022, de acordo com o calendário letivo das várias regiões do mundo.

O secretário da Congregação para Educação Católica contabilizou “mais de 500 instituições eclesiásticas”, das quais 120 são faculdades eclesiásticas – Teologia, Filosofia, Direito Canónico e outras faculdades – e “cerca de 400 institutos filiados, agregados e incorporados”.

D. Angelo Vincenzo Zani explicou que as faculdades eclesiásticas têm uma organização de estudos semelhante às civis, “em três ciclos de estudos”, e os Institutos afiliados “têm apenas o primeiro ciclo”; os institutos agregados “podem emitir não somente o bacharelado, mas também a licenciatura”, enquanto os institutos incorporados, “que são muito poucos e especializados, apenas emitem um segundo ou o terceiro ciclo”.

“A novidade é que essas normas eram sempre escritas em latim e, neste momento, é preciso usar de certa forma todas as línguas modernas; sobretudo, temos de levar em conta um aumento da qualidade nas instituições. Trata-se de indicações muito concretas que devem ser dadas em relação aos professores, aos títulos que devem ter. Como os institutos filiados são em sua maioria Seminários maiores, as normas também fazem uma distinção quanto à formação dos futuros sacerdotes e religiosos”, desenvolveu o responsável católico, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

As três instruções nascem no contexto da Constituição Apostólica ‘Veritatis Gaudium’ sobre as universidades e faculdades eclesiásticas e pretendem contribuir para o “progresso destes Institutos como a sua conveniente distribuição” no mundo.

“Este é um instrumento extraordinária para trabalhar em rede, em colaboração também com a Congregação para a Evangelização dos Povos, por isso, neste sentido, procura-se com estas instituições acompanhar, enfrentar os desafios de hoje e garantir que o sistema de estudos os eclesiásticos não seja autorreferencial, mas siga o impulso da Igreja que é da nova evangelização e da nova missionaridade”, disse D. Angelo Vincenzo Zani, sobre a constituição promulgada pelo Papa Francisco a 8 de dezembro de 2017.

CB/OC

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