O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragan, classificou como um ” assassinato abominável” a interrupção da alimentação e da hidratação de Eluana Englaro, italiana que se encontra em coma há 17 anos. Eluana foi transferida para um hospital que aceita “deixá-la” morrer. Ao jornal “La Repubblica”, o Cardeal Barragán pediu para “pararem com este assassínio”. “Interromper a alimentação e a hidratação de Eluana equivale a um assassinato abominável e a Igreja não parará de reclamar em voz alta”, disse, acrescentando que “não vejo como se poderia definir de outra forma o facto de não alimentar alguém”. Eluana Englaro chegou de madrugada à clínica “La Quiete” em Udine, onde lhe será “desligado o apoio de vida” dentro de três dias, segundo médicos citados pela imprensa. Bento XVI condenou este Domingo a “falsa solução” da eutanásia, considerando que esta forma de enfrentar o sofrimento é indigna do ser humano. A Conferência Episcopal Italiana promoveu no dia 2 de Fevereiro uma Jornada pela Vida – especialmente vivida em função do caso de Eluana Englaro. “A verdadeira resposta não pode ser, de facto, dar a morte, embora seja cómoda, mas testemunhar o amor que ajuda a enfrentar a dor e a agonia de um modo humano. Tenhamos a certeza de que nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhes está próximo, se perde perante Deus”, afirmou o Papa.