Nour Essa integrou grupo que Francisco levou da ilha grega para Roma
Cidade do Vaticano, 16 abr 2021 (Ecclesia) – O Vaticano assinala hoje o quinto aniversário da visita do Papa ao campo de refugiados de Lesbos, na Grécia, com a história de Nour Essa refugiada síria que trabalha agora, como biólogo, no hospital pediátrico da Santa Sé.
A especialista fugiu com a sua família, da periferia de Damasco, rumo à Turquia, onde embarcou em direção a Lesbos.
Após o encontro com Francisco, em 2016, Nour e a sua família seguiram para Roma, tendo encontrado emprego no hospital pediátrico ‘Bambino Gesù’.
“Agradeço ao Papa Francisco por tudo o que ele fez por nós, por ter mudado nossas vidas e nosso destino”, refere a refugiada síria, em declarações ao portal ‘Vatican News’.
A mulher foi uma das entrevistadas no documentário ‘Francesco’, de Evgeny Afineevsky, que estreou em 2020.
“Nenhuma mãe escolhe este caminho se não acreditar que a água é mais segura do que a terra”, assinalou, antes de declarar que Francisco mudou a vida da sua família, muçulmana.
“Tocou o meu coração e também me surpreendeu”, afirmou.
Já o Papa disse que foi um “pequeno gesto”, que todos podem fazer, na ajuda a quem mais precisa – numa conferência de imprensa em que se mostra muito comovido, ao regressar ao Vaticano desde a ilha grega, com os desenhos que as crianças refugiadas lhe ofereceram.
Francisco esteve em Lesbos para uma viagem de cinco horas, na qual começou por visitar um campo de refugiados e homenagear os migrantes que morreram no mar, acompanhado pelo patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, e pelo arcebispo ortodoxo de Atenas, Jerónimo II, com quem assinou uma declaração conjunta.
OC