Relíquias de João Paulo II vão ser transportadas pela mulher curada por sua intercessão na Costa Rica
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 27 abr 2014 (Ecclesia) – O Papa emérito Bento XVI chegou há momentos à Praça de São Pedro, para concelebrar a Missa de canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII, uma cerimónia presidida por Francisco.
“O Papa emérito Bento XVI aceitou o convite e comunicou ao Papa Francisco que estará presente na manhã de domingo na celebração e que concelebrará: por isso, será também concelebrante, o que não quer dizer que vá ao altar”, disse aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
O Papa emérito vai ficar com os cardeais e os bispos, à esquerda da esplanada da Praça de São Pedro, e foi saudado por uma salva de palmas dos presentes
Esta é a primeira vez que o Papa emérito, que renunciou ao pontificado em fevereiro de 2013, concelebra uma Missa presidida pelo seu sucessor, após ter estado pela primeira vez na Basílica de São Pedro, com Francisco, no Consistório de 22 de fevereiro.
O porta-voz do Vaticano adiantou ainda que as relíquias de São João Paulo II vão ser transportadas pela costa-riquenha Floribeth Mora Díaz, curada pela intercessão do Papa polaco após a sua beatificação, e seus familiares.
Em relação às relíquias de São João XXIII, a procissão vai contar com familiares e o autarca de Sotto il Monte (Bérgamo), Eugenio Bolognini, terra natal do Papa italiano, para além do presidente da Fundação Giovanni XXIII, padre Ezio Bolis.
A primeira miraculada de João Paulo II, a irmã Marie Simon-Pierre, vai ler a oração dos fiéis, em língua italiana, prevista na celebração.
O padre Lombardi informou também que a veneração aos túmulos dos dois novos santos, na Basílica de São Pedro, vai começar “o mais rapidamente possível”, após a celebração.
Durante a saudação do Papa Francisco às delegações oficiais, um jovem italoargentino vai cantar um poema de João Paulo II, intitulado ‘Procura a paz’.
A canonização é a confirmação, por parte da Igreja Católica, de que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
Este é um ato reservado à Santa Sé, desde o século XII, e é ao Papa que compete inscrever o novo Santo no cânone.
Centenas de milhares de fiéis enchem as ruas em volta do Vaticano, desde as primeiras horas da madrugada e a Praça de âo Pedro já recebe as cerca de 200 delegações oficiais, incluindo o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete.
OC