83 pontífices foram declarados santos, até hoje, e outros nove beatificados
Cidade do Vaticano, 02 set 2022 (Ecclesia) – O Papa João Paulo I vai ser beatificado este domingo, no Vaticano, juntando o seu nome ao dos pontífices contemporâneos que chegaram aos altares, na última década.
João XXIII e Paulo VI, predecessores de Albino Luciani (1912-198), e o seu sucessor, João Paulo II, foram canonizados por Francisco, cujo pontificado se iniciou em 2013.
A Missa da beatificação, penúltima etapa para a declaração da santidade, pela Igreja Católica, decorre na Praça de São Pedro, a partir das 10h30 (menos uma hora em Lisboa) de 4 de setembro.
São Pedro foi o primeiro Papa e os seus 34 sucessores, até Júlio I (pontífice entre 337-352), foram canonizados.
53 dos primeiros 64 Papas foram canonizados, um período que se concluiu com Gregório Magno, cujo pontificado decorreu entre 590 e 604.
Pio X (1835-1914) foi o primeiro Papa do século XX a ser canonizado (1954).
No total, 83 pontífices foram declarados santos, até hoje, e outros nove beatificados.
Nos primeiros séculos do cristianismo, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Ao longo do tempo e sobretudo no Ocidente, começou a ser solicitada a intervenção do Papa a fim de conferir um maior grau de autoridade às canonizações: a primeira intervenção papal deste tipo foi de João XV em 993, que declarou santo o bispo Udalrico de Augusta, que tinha morrido vinte anos antes.
As canonizações tornaram-se exclusividade papal por decisão de Gregório IX em 1234 e no decorrer do século XVI começou a distinguir-se entre “beatificação”, isto é, o reconhecimento da santidade de uma pessoa com culto em âmbito local, e “canonização”, o reconhecimento da santidade com a prática do culto universal, para toda a Igreja Católica.
Também a beatificação se tornou uma prerrogativa da Santa Sé e o primeiro ato deste tipo refere-se à beatificação de Francisco de Sales, pelo Papa Alexandre VII em 1662.
OC