Cidade do Vaticano, 19 Jan (Ecclesia) – O Conselho Pontifício para a pastoral dos migrantes e itinerantes (CPPMI) divulgou hoje um documento sobre circos e parques de diversões, pedindo maior atenção às “pessoas que se dedicam ao espectáculo itinerante”.
O texto apresenta as conclusões do oitavo congresso internacional da pastoral para os circenses e feirantes, que decorreu no Vaticano de 12 a 16 de Dezembro de 2010.
Entre os objectivos do encontro, assinala o CPPMI, estava o de dar a conhecer às dioceses a pastoral para estas pessoas, analisando a realidade sociocultural e religiosa do mundo do espectáculo itinerante.
O documento final, divulgado esta Quarta-feira, pede um esforço comum a bispos, párocos e religiosos para que estas comunidades crentes tenham “acesso mais fácil à celebração da Santa Missa e, mais em geral, à participação em todos os sacramentos”.
Para a Santa Sé, o pessoal dos circos e parques de diversões devem, por seu lado, procurar “reforçar a ligação com a comunidade eclesial que vive no território” que ocupam, ainda que temporariamente.
O documento manifesta a preocupação do CPPMI com a formação escolar, louvando as experiências de “escolas de circo” que já existem nalguns países, com projectos que classifica como “interessantes”.
Em muitos países, lamenta o Conselho Pontifício, os jovens encontram-se em “dificuldades”, não só na formação escolar, mas também na educação religiosa, perante a presença “cada vez mais incisiva de seitas e novos movimentos religiosos alternativos”.
Aos Governos, a Santa Sé pede que tutelem os “direitos das pessoas do espectáculo itinerante, a fim de as considerar, para todos os efeitos, parte integrante da sociedade”.
O documento conclui com um reconhecimento do “valor sociocultural” destas realidades, apelando a um combate contra quaisquer formas de marginalização e de preconceito.
OC