Vaticano: «A cura significa respeitar o dom da vida desde o início até o fim» – Papa

Francisco explicou que para «Jesus curar significa entrar em diálogo» a médicos católicos

Cidade do Vaticano, 22 jun 2019 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje que curar “significa iniciar um percurso”, um caminho “de alívio, consolação, reconciliação e cura” na audiência à Federação Internacional de Médicos Católicos a quem disse que a escola de Jesus é do “médico e irmão”.

“Podemos e devemos aliviar o sofrimento e educar todos para se tornarem mais responsáveis ​​pela sua saúde e pela saúde dos vizinhos e parentes. A cura significa respeitar o dom da vida desde o início até o fim. Nós não somos os donos: a vida é confiada a nós, e os médicos são seus servos”, disse na Sala Reggia, divulga a sala de imprensa da Santa Sé.

A cerca de 500 pessoas da Federação Internacional de Médicos Católicos, Francisco assinalou que nos últimos cem anos “o progresso foi enorme”, existem novas terapias e inúmeros tratamentos a serem testados, e o “estilo de um médico católico” combina profissionalismo com “a capacidade de colaboração e rigor ético”.

“Muitas vezes a qualidade de um departamento é dada não tanto pela riqueza do equipamento mas pelo nível de profissionalismo e humanidade. Vemos isso todos os dias, tantas pessoas simples que vão ao hospital: «Eu gostaria de ir ao médico, àquele médico – Por quê? – Porque sentem a proximidade, sentem a dedicação»”, exemplificou.

O Papa Francisco explicou que as primeiras comunidades cristãs frequentemente apresentavam Jesus como “médico”, “destacando a atenção constante e compassiva” que tinha por aqueles que sofriam “de todos os tipos de doenças”, por isso, o cuidado dos doentes “aparece como uma das dimensões constitutivas da missão de Cristo” e “permaneceu assim também na Igreja”.

“Missão [de Jesus] era antes de mais nada estar perto dos doentes ou portadores de deficiência, especialmente daqueles que, por este motivo, eram desprezados e marginalizados. Com esta proximidade compassiva, Ele manifestava o amor infinito de Deus Pai por seus filhos mais necessitados”, explicou.

Segundo Francisco, “igualmente importante” é a forma como Jesus cuida dos doentes e dos que sofrem, “muitas vezes toca essas pessoas e deixa-se tocar por elas”, mesmo quando “seria proibido”.

“Para Jesus, curar significa aproximar-se da pessoa, mesmo que às vezes haja quem deseje impedi-la, como no caso do cego Bartimeu, em Jericó; Pode ser surpreendente que o ‘médico’ pergunte à pessoa que sofre o que se espera dele mas isso destaca o valor das palavras e do diálogo na relação de cuidado”, desenvolveu, realçando que para Jesus “curar significa entrar em diálogo”.

Neste contexto, explicou aos membros da Federação Internacional de Médicos Católicos que curar “significa iniciar uma jornada” que é “um caminho de alívio, consolação, reconciliação e cura”.

O Papa destacou que Jesus se “aproxima, cuida, cura, reconcilia, chama e envia” e é à “escola de Jesus médico e irmão do sofrimento” que os médicos são chamados.

Os médicos, exemplificou Francisco, são chamados a “cuidar com delicadeza e respeito pela dignidade e integridade física e mental das pessoas”, a ouvir atentamente e “responder com palavras adequadas, que acompanham os gestos de cuidado”, bem como a “encorajar, consolar, elevar, dar esperança”.

A Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC) promoveu esta sexta-feira uma consagração dos seus membros ao Coração de Jesus.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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