Vaticano: 848 padres foram afastados do sacerdócio por casos de abusos sexuais desde 2004

Dados foram apresentados por representante da Santa Sé junto das Nações Unidas, em Genebra

Genebra, Suíça, 06 mai 2014 (Ecclesia) – O chefe da delegação da Santa Sé junto do Comité das Nações Unidas contra a Tortura disse hoje em Genebra, Suíça, que 848 padres foram afastados do seu ministério nos últimos 10 anos, por causa de abusos sexuais de menores.

“Foi necessário levar dados precisos que revelam a atividade da Congregação para a Doutrina da Fé que laicizou, de 2004 até ao fim de 2013, 848 sacerdotes, reduziu-os ao estado laical, mostrando como é séria a vontade de pôr fim a estes crimes e de os prevenir”, declarou o arcebispo italiano D. Silvano Tomasi, em declarações à Rádio Vaticano.

Segundo o responsável, é importante mostrar que a Igreja Católica, a Santa Sé e as conferências episcopais, “estão há 10 anos na linha da frente para combater todos os abusos sexuais sobre menores, para prevenir este crime, ajudar as vítimas e punir também os culpados”.

O representante da Santa Sé falava no âmbito da 52.ª sessão do Comité das Nações Unidas sobre a Convenção contra a Tortura.

D. Silvano Tomasi respondeu hoje a várias questões, após ter apresentado esta segunda-feira o primeiro relatório da Santa Sé nesta matéria, reafirmando o compromisso do Vaticano no combate à tortura.

Segundo o arcebispo italiano, era “de alguma forma previsível” que o tema dos abusos sexuais entrasse na discussão, por estar ligado ao “tratamento desumano e humilhante”, que faz parte da Convenção.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai encontrar- com o Papa, no Vaticano, esta sexta-feira.

OC

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Agência ECCLESIA

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