Francisco valorizou profissão arriscada, que já era a do seu predecessor
Cidade do Vaticano, 18 jan 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje um grupo de pescadores italianos de São Bento de Tronto que trabalham na “pesca de plástico” e afirmou o seu “particular apreço” pela atividade voluntária de proteção dos oceanos.
“Esta iniciativa é muito importante, seja pela grande quantidade de resíduos, sobretudo plásticos, extraídos do mar, seja – e direi sobretudo – por se tornar um exemplo para outras áreas da Itália e do mundo. A operação voluntária ‘Pesca de plástico’, é um exemplo e um estímulo para a sociedade civil em nível global”, afirmou o Papa.
Os pescadores de São Bento de Tronto, município a 300 quilómetros de Roma, na província de Ascoli Piceno, junto ao Mar Adriático, já retiraram do mar 24 toneladas de resíduos.
Francisco referiu-se à atividade dos pescadores, que procuram no mar “o necessário para viver”, como um trabalho que fazem com “tanta paixão, tanto sacrifício e com tantos perigos”.
“O pescador pode-se sentir, às vezes, tentado pelo desejo de um trabalho mais seguro em terra firme. No entanto, quem nasceu à beira-mar não pode erradicar o mar do seu coração” afirmou.
O Papa exortou os pescadores a “não perderem a esperança diante dos imprevistos e das incertezas” que têm de enfrentar.
“Que a coragem não vos falte”, sublinhou, pedindo que o trabalho dos pescadores “seja valorizado”.
Francisco recordou que ser pescador é um “trabalho é antigo”, referiu que o seu predecessor, São Pedro, era pescador e os primeiros seguidores de Jesus eram “colegas”.
“Acredito que também hoje muitos de vós sois cristãos, sentis a presença espiritual do Senhor ao vosso lado. A vossa fé gera valores preciosos: a religiosidade popular que se exprime na confiança em Deus, no sentido da oração e na educação cristã dos filhos; a estima pela família; o sentido da solidariedade, expresso na ajuda mútua e no socorro diante das necessidades”, afirmou.
“Por favor, não percais estes valores”, pediu o Papa.
PR