Vaticano: 26 assassinatos atingiram a Igreja Católica em 2014

América Latina é o continente onde se registaram mais crimes contra sacerdotes

Cidade do Vaticano, 30 dez 2014 (Ecclesia) – A agência Fides, do Vaticano, revelou hoje que 26 agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados em 2014, com destaque para o continente americano.

O número é superior ao de 2013 (23 mortes) e 2012 (13 assassinatos) e igual ao de 2011, incluindo 17 padres, um religioso, seis religiosas, um seminarista e um leigo.

Pelo sexto ano consecutivo, o maior número de mortes aconteceu na América, onde houve 14 assassinatos; a África registou sete mortes, a Ásia e a Oceânia dois assassinatos cada e um na Europa.

A Fides manifesta ainda a sua preocupação com a situação de “muitos outros operadores pastorais sequestrados ou desaparecidos”, como três sacerdotes raptados na República Democrática do Congo, em outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio, na Síria (2013), e o padre Alexis Prem Kumar, raptado a 2 de junho, no Afeganistão.

A agência de notícias sublinha o testemunho dos que perderam a vida no combate ao vírus ébola, recordando que a família de São João de Deus perdeu quatro religiosos, uma religiosa e treze colaboradores em hospitais da Libéria e Serra Leoa.

O elenco refere-se não só aos missionários, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.

A agência de notícias sublinha que a maior parte das mortes aconteceu após “tentativas de assaltos” violentos.

Segundo os dados da agência do Vaticano para o mundo missionário, entre 2004 e 2013 morreram mais de 230 agentes pastorais da Igreja Católica, incluindo três bispos

O último caso relatado é o do padre Gregorio López Gorostieta, que tinha sido sequestrado no México por uma organização criminosa, a 21 de dezembro; o seu corpo foi encontrado sem vida no dia de Natal, em Tlapehuala.

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao bispo local e aos familiares do sacerdote, manifestando a sua “firme condenação de tudo o que atenta contra a vida e a dignidade das pessoas”.

OC

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