Valores como faróis da sociedade

Como os valores “contam pouco” e a sociedade vive “mais no imediatismo”, o Centro Cultural de Balsamão (Macedo de Cavaleiros) realizou umas jornadas subordinadas ao tema “Valores: Passado, Presente e Futuro”. Uma iniciativa para ir ao “encontro dos valores morais e humanos” e para dar pistas sobre a “orientação da vida” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Basileu Pires, Presidente do Centro Cultural de Balsamão. Este encontro de reflexão – 7 a 10 de Setembro – concluiu que a vida terá que ser orientada por “valores fundamentais”. A melhor maneira de anunciar aos outros este patamar passa pelo “testemunho de vida” – referiu. Os “valores orientadores da vida pessoal e social merecem uma nova abordagem”. Com cerca de quatro dezenas de participantes, esta iniciativa que decorreu naquele convento – situado no alto de um monte onde se alcança o horizonte – pretendeu mostrar um cartão vermelho “à sociedade eticamente neutral” – afirmou o Pe. Basileu Pires. E acrescenta: “Não basta criticar os outros e dizer que as coisas estão mal. Surge a questão o que eu posso fazer para melhorar o estado actual da sociedade?”. Em todos os sectores da vida, o homem poderá mostrar, através da sua presença e dos seus princípios, “novos caminhos à sociedade” – proferiu o Presidente do Centro Cultural de Balsamão. Os valores cristãos surgem “aqui como faróis”. Assim, a sociedade “será melhor” – avançou. Durante os dias, os participantes abordaram variados temas: “A vida como valor fundamental”; “A Axiologia e Pós-Modernidade” e “A Bioética como ciência de defesa da vida”. Reflexões que ajudaram os presentes a “reflectir melhor” e a “terem balizas e pontos de referências para que a sociedade possa reger-se e consolidar-se” – salientou o Pe. Basileu Pires. Ao fazer referência à pós-modernidade, o Pe. Basileu Pires realçou que esta “caracteriza-se pelo desencanto dos ideais”. O “prazer imediato” e o “facilitismo” dominam as pessoas – completou. O Convento de Balsamão está situado no Nordeste Transmontano, no coração do distrito de Bragança, de cuja cidade dista cerca de 57 quilómetros. O monte de Balsamão é banhado a sul pelo rio Azibo, que é atravessado por uma pequena ponte romana e a norte, pela ribeira de Chacim. Actividades para motivar “as pessoas a colocarem em prática o que viveram aqui” – frisou. Se os participantes fizerem algo a sociedade “fica melhor” – acrescenta o Pe. Basileu Pires. No Convento de Balsamão vive a Comunidade Religiosa dos Marianos da Imaculada Conceição, a quem pertence o Convento que além do serviço de acolhimento a peregrinos e a hóspedes, desenvolve um plano de actividades pastorais e de formação para a Vida Consagrada. Um local especial onde o silêncio domina e propício para olhar os valores e descobrir “as raízes históricas desta região” – disse. Como jornadas culturais que são, esta iniciativa caracteriza-se sempre “por uma abordagem interdisciplinar”. E finalizou: “as próximas jornadas terão como tema – «Cristianismo e humanismo: um desafio para o homem contemporâneo»”.

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