O Instituto Superior de Teologia de Évora assinalou o seu 30º aniversário, no passado dia 15 de Novembro, na festa do seu Patrono, Stº. Alberto Magno. Para comemorar essa data, o ISTE promoveu as V Jornadas de História Religiosa, dedicadas ao tema: “A Diocese de Évora na Idade Média”, sendo as últimas da caminhada de preparação iniciada há cinco anos para as comemorações dos 700 anos da dedicação da Sé de Évora, que se assinalam em 2008. A sessão de abertura contou com as presenças do Arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia, do presidente do ISTE, Pe. José Morais Palos, do Director da revista Eborensia e promotor destas jornadas de História da Igreja, Cón. Joaquim Lavajo, do Cón. José Marques e de Luís Teixeira dos Santos, presidente da Associação de Estudantes do ISTE. O presidente do ISTE, Pe. José Morais Palos, começou por sublinhar que este ano se assinala “o trigésimo aniversário da sua fundação. Quando foi criado, em 1977, estabeleceu-se que o Instituto teria como objectivo a formação filosófica, teológica e pastoral dos candidatos ao sacerdócio das três Dioceses fundadoras, Évora, Beja e Algarve, bem como dos leigos que, pela sua condição na Igreja e no exercício da sua missão, entendessem a importância da sua formação e actualização na área das ciências humanas e teológicas”, apontou, esclarecendo que “pelo meio, o Instituto acolheu e formou um bom número de leigos destinados à docência da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas do primeiro, segundo e terceiro ciclo, e também do ensino secundário. Formou os candidatos ao Diaconado Permanente da Diocese de Évora. Promoveu e continua a promover cursos básicos de teologia para leigos, estando neste momento a decorrer essa formação em Samora Correia e em Elvas. No primeiro centro estão cinquenta alunos a terminar um ciclo de dois anos, e no segundo iniciaram cerca de sessenta, em Setembro, o mesmo ciclo”, explicou o Pe. José Morais Palos. Contudo, o Presidente do ISTE reconheceu que, “mesmo ao nível da Igreja em Portugal, existe uma tendência centralizadora que questiona a existência dos Institutos de Teologia fora dos grandes centros de Lisboa, Porto e Braga”, afirmando que o ISTE é única escola a sul do Tejo. “Uma escola pequena, é certo, mas com resultados muito positivos. Se, também ao nível do ensino da Teologia, estes pequenos centros forem fechados, assistiremos a uma perda grande ao nível local e das Igrejas do sul. Penso que é da responsabilidade dos senhores bispos assumirem a importância do Instituto”, apontou, sublinhando que “temos consciência que os tempos são difíceis e precisamos de mais apoio porque os alunos são menos e os efeitos fazem-se sentir a vários níveis. Direi, para terminar, que estamos dispostos a prosseguir contanto que a Diocese de Évora e as outras Dioceses cumpram os seus compromissos”, concluiu. Por seu turno, D. Maurílio de Gouveia, expressou “a alegria e a honra de presidir às Jornadas”, felicitando o ISTE e a organização do evento. “Estas jornadas têm um contributo fundamental para acção da Igreja no âmbito cultural”, apontou o Arcebispo de Évora, sublinhando que o tema aborda “a mútua influência entre a Igreja e a Sociedade, sendo um programa de grande riqueza e densidade”. Partindo da realidade da Idade Média, que foi o tema das jornadas, D. Maurílio de Gouveia apontou que “também esta época é de profundas alterações. No caso concreto do nosso país, é importante estar atento para discernir alguns fenómenos que manifestam quer da parte do Estado obstáculos à missão e liberdade da Igreja, quer da parte da Igreja a dificuldade de actuar com eficácia a sua tarefa evangelizadora e a criação de uma sociedade segundo os valores do evangelho”, concluiu.