Unir esforços para combater a pobreza

No final da conferência CNJP junta vontades pessoais, grupais e institucionais num manifesto contra a pobreza A pobreza hoje não pode ser encarada como uma questão “residual, subsidiária ou marginal das sociedades”, pois grande parte dos problemas que se vivem hoje no mundo residem nesta desigualdade radical que existe entre o Norte e o Sul. Paulo Fontes da Comissão Nacional Justiça e Paz e da organização da conferência nacional “Por um desenvolvimento global e solidário – um compromisso de cidadania” sublinha que é unânime na assistência a necessidade de colocar nas agendas políticas e nas preocupações dos cidadãos o combate à pobreza “como um direito humano”. A assistência a participar na conferência que termina hoje ao final da tarde no auditório do Colégio São João de Brito é muito variada, quer a nível etário “pois temos gente bastante jovem”, quer a nível de interesses. “Pessoas empenhadas profissionalmente, que vêm do mundo associativo seja ele confessional ou na ordem da cidadania, pessoas ligadas a temáticas do desenvolvimento, do micro crédito,do combate contra a pobreza em Portugal, em variadas formas de luta contra a exclusão social, “sendo por isso um público muito diversificado”. A preocupação em torno da temática da pobreza ganha eco de variadas formas. “Há pessoas que a partir do trabalho que estão a realizar, estão apostadas em aprofundar uma reflexão e em dar visibilidade a questões e dúvidas, outras que aqui se juntam sensibilizadas pela temática e que descobrem um caminho comum a toda a assistência”, explica o organizador. A centralidade da questão da pobreza “deve ser abordada porque daqui depende a sustentabilidade das nossas sociedades, de uma maior justiça e de paz”. Os problemas atingem “tal gravidade que não são resolúveis por via da negociação, da progressividade das reformas que se vão introduzindo nos sistemas económicos e de novos critérios, será pela vida da explosão social”, explica Paulo Fontes. As formas de compromisso que a CNJP pretende ver atingidas podem ser alcançadas de variadas formas, nomeadamente “através da consciência individual nos padrões de vida, nas formas de consumo e no modo como hoje se introduzem critérios éticos de consumo”, mas também no empenho em “projectos ligados ao desenvolvimento, quer à escala local como com países terceiros”. Presentes no átrio do auditório estão cerca de 17 organizações que desenvolve trabalho nesse sentido. Entre elas a Cáritas Portuguesa, os Jovens Sem Fronteiras entre outros. O habitual «coffe-break» é guarnecido pela Associação para a Promoção de Comércio Justo, onde se encontram produtos provenientes do Equador e do México. No final da sessão será proposto aos participantes um manifesto que será divulgado e proposto à “assinatura individual de forma a começar a partir daqui uma campanha que possa juntar todas as boas vontades pessoais, grupais e institucionais para tornar esta uma questão central na sociedade portuguesa”.

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