União Europeia assume continuidade da luta anti-pobreza

Compromisso é selado em Bruxelas, durante a cerimónia oficial que encerra o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social

O Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social (AECPES) pode estar a terminar mas a luta em favor dos mais desfavorecidos vai continuar, um garantia que vai ser deixada hoje, dia 17, em Bruxelas, pelos países que integram a União Europeia.

De acordo com um comunicado da Comissão Europeia, enviado à agência ECCLESIA, durante a conferência de encerramento do AECPES os representantes dos 29 estados-membros vão assinar uma declaração que “visa perpetuar os valores fundamentais da igualdade, dignidade e solidariedade, na criação de uma sociedade igualitária para todos”.

O documento, intitulado “Declaração sobre o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social: Trabalhar em conjunto para combater a pobreza em 2010 e mais além”, tem como principais pontos de destaque “a implementação da estratégia de inclusão activa, a atenção especial aos grupos vulneráveis, à pobreza extrema e à luta contra a pobreza infantil”.

No futuro, serão cerca de 700 os projectos a desenvolver, em favor dos mais desfavorecidos, num esforço co-financiado pela Comissão Europeia e por todos os estados-membros.

Portugal estará representado na iniciativa através de Helena André, Ministra do Trabalho e Solidariedade Social; Edmundo Martinho, coordenador nacional do AECPES; dois representantes do projecto co-financiado “Redes do Tejo”; Sérgio Aires, representante da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal; Ana Paula Reis, Embaixadora do Ano Europeu, uma pessoa que experienciou pobreza e os dois jornalistas vencedores do prémio de Jornalismo dedicado a esta temática, Filomena Barros e Luís Villalobos.

Todos os anos, a União Europeia procura escolher um tema para desenvolver, tendo como critério a sua importância e actualidade.

Em 2010, abraçou a causa da pobreza e exclusão social com base em números preocupantes: cerca de 80 milhões de pessoas, 17 por cento da população europeia, vive actualmente abaixo do limiar da pobreza, enfrentando também graves problemas no acesso ao emprego, à habitação ou à educação.

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