UNESCO entrega prémio ao cardeal Roger Etchegaray

O cardeal Roger Etchegaray, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz, recebeu esta semana o Prémio para a Paz instituído pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O galardão foi atribuído também a Mustafá Ceric, líder muçulmano da Bósnia-Herzegovina. Ao anunciar a eleição, Henry Kissinger, que fez parte do júri, afirmou: «Escolheram-se estas duas personalidades religiosas como reconhecimento da sua acção em favor do diálogo entre as religiões, da tolerância e da paz. O júri considera que a reconciliação entre as perspectivas religiosas é um dos grandes desafios do nosso tempo». «A reconciliação entre muçulmanos e cristãos é fundamental se se quer evitar um banho de sangue. Pensamos na importância desta reconciliação religiosa para a humanidade no seu conjunto», acrescentou Kissinger, já distinguido com o Prémio Nobel da Paz. O cardeal Etchegaray foi nomeado presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz por João Paulo II em 1984, quando era Arcebispo de Marselha (França). Iraque, Irão, Moçambique, Angola, Etiópia, Sudão e Cuba são alguns dos países em que já esteve, a pedido do Papa, em missões de reconciliação. Também já esteve em Braga, mas, neste caso, para presidir ao encerramento do último Congresso Eucarístico Nacional. Grande mufti da Bósnia-Herzegovina desde 1993, Mustafá Ceric é membro do Conselho Europeu de Responsáveis Religiosos, um organismo dependente da Conferência Mundial das Religiões para a Paz. Nasceu em 1952, estudou em Sarajevo e na Universidade do Cairo (Egipto), e viveu algum tempo nos Estados Unidos. Já foi o grande imã de Zagreb, capital da Croácia. A sua mesquita, na Bósnia-Herzegovina, tornou-se um importante centro cultural e espiritual.

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