Bento XVI na missa das exéquias do cardeal espanhol Javierre Ortas “Com a sua existência e a sua missão, o Cardeal António Maria Javierre Ortas deu uma mensagem de esperança”, sublinhou Bento XVI na Basílica de São Pedro nas cerimónias exéquias do Cardeal espanhol, falecido ontem aos 87 anos. O Papa recordou que D. Javierre Ortas prestou um grande serviço à frente da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, sublinhando o carácter jovial e generoso do prelado salesiano. “Ontem celebrou a sua última eucaristia, em memória de São João Bosco”, lembrou o Papa. “Tinha um grande espírito jovial missionário. Seguindo o exemplo de D. Bosco, optou por viver a sua vocação em contacto directo com os jovens, em terras de missão, mas a Providência chamou-o para outra missão”. O Papa lembrou o serviço “generoso, cordial e disponível” que o Cardeal Javierre Ortas teve à frente da Universidade. Recordando as palavras do Evangelho do dia, Bento XVI pediu que que a escuta e a meditação na palavra de Deus “animem a nossa fé”. “Ontem pude ler algumas cartas que o Cardeal Javierre Ortas trocou com João Paulo II e de onde emana o sentimento privilegiado da Eucaristia”, confirmou o Papa. O cardeal Javierre Ortas na celebração dos 50 anos da sua ordenação sacerdotal afirmou que “no tempo da minha ordenação, o sacerdócio gravitava em torno da eucaristia e é uma grande alegria reviver os sentimentos dessa minha ordenação”, relembrou o Papa. “Para o homem que vive em Cristo, a morte não provoca medo. O cardeal Javierre Ortas quis que a sua missão eclesial fosse uma mensagem de esperança. Através do seu apostolado, esforçou-se por comunicar a todos que Cristo está sempre connosco”. D. Javierre Ortas deixou as suas funções de Perfeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos para se dedicar ao serviço que nunca se deve deixar, a oração, disse Bento XVI. E o Papa terminou, recordando palavras de D. Javierre Ortas. “É maravilhoso pensar que não importa os pecados que tenhamos cometido na nossa vida, que basta abrir os olhos e ver o gesto de Deus que nos acolhe com infinita bondade. A despedida enche-me de esperança”, relembrou.