«Um amor à Igreja que nada faria dobrar»

Cón. Ferreira dos Santos destaca a fidelidade e o carácter de D. Armindo Lopes Coelho

O cónego António Ferreira dos Santos, da Diocese do Porto, recorda D. Armindo Lopes Coelho como “um homem de carácter, fiel do seu amigo, que cumpria sempre aquilo que dizia, com um amor à Igreja que nada faria dobrar”.

O Porto prepara-se para dizer adeus ao Bispo emérito, falecido aos 79 anos de idade, numa cerimónia marcada para hoje, 30 de Setembro, às 16h00, na Sé local.

Entre vários episódios que guarda na memória, o Reitor da Igreja da Lapa recua até 2007, na altura em que D. Armindo Lopes Coelho o nomeou para comissário da Santa Casa da Misericórdia do Porto, instituição que passava por alguns problemas.

Sendo um homem muito ligado à música e não à área da administração, aqueles teriam sido tempos bem mais difíceis, segundo o cónego Ferreira dos Santos, se não tivesse tido no antigo bispo do Porto um apoio inabalável.

“Tive nele uma firmeza, eu diria quase de companheiro”, sublinha o cabido portuense, que não esquece que aquela altura coincidiu com um grave problema de saúde que afectou D. Armindo Lopes Coelho.

“Fui visitá-lo, quando estava internado no hospital da Prelada. Não podia falar, porque cansava-se, mas a verdade é que estive com ele a falar sobre a Santa Casa mais de uma hora”, refere à ECCLESIA.

“Mesmo naquela dificuldade”, conclui o cónego Ferreira dos Santos, “ele era alguém que respondia”.

D. Armindo Lopes Coelho faleceu na Quarta-feira, 29 de Setembro. O seu corpo irá ficar sepultado no Cemitério da Lapa, no jazigo da Diocese que liderou entre 1997 e 2007.

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