Última mensagem do sacerdote assassinado no Iraque

O sacerdote assassinado no passado Domingo em Mossul (Iraque), tinha enviado, quatro dias antes de sua morte, uma mensagem à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). O Pe. Ragheed Ganni, de 34 anos, estudou sete anos no Angelicum de Roma com uma bolsa de AIS e finalizou lá os seus estudos de eclesiologia ecuménica. Na carta que enviou à Fundação referia: “Só queria fazer-vos saber que rezo sempre por todos vós para que o Senhor os proteja de todo o mal”. O sacerdote caldeu assegurava que, para ele, era um “privilégio” ter podido demonstrar que a “providência divina se revela através de pessoas humildes, cujo único objectivo é trabalhar pelo Reino de Deus seguindo o exemplo de Jesus”. Marie-Ange Siebrecht, chefe da secção encarregada do Iraque na AIS, que conheceu pessoalmente o Pe. Ragheed Gianni, assegura que os jovens sacerdotes como ele são um sinal de esperança para a Igreja iraquiana, porque estão dispostos a sacrificar-se por seu país. Não escondendo uma profunda comoção pelo assassinato, Marie-Ange Siebrecht defende que “devemos ser solidários com os cristãos iraquianos”. O Pe. Ganni informava, na sua carta, sobre a crescente carência de sacerdotes, pois muitos clérigos abandonam o país devido à difícil situação ou a fim de assistir os refugiados iraquianos. Os sequestros e abusos violentos que os cristãos padecem acontecem sobretudo entre os membros do clero. Ragheed Ganni escreveu ainda que considerava uma bênção ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente o fundador da AIS, o Pe. Werenfried van Straaten: “O encontro com este santo homem foi para mim um momento inesquecível”. Depois do assassinato do Pe. Ganni e de três diáconos, uma igreja foi atacada no bairro de Dora, em Bagdade, e outra foi convertida em mesquita, segundo informa a agência Aina. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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