Conselho Pastoral deixa sugestões à diocese do Algarve

O Conselho de Pastoral da Diocese do Algarve (CPDA) foi unânime, no passado sábado, em considerar que a “acção mais significativa”, realizada no decorrer do presente ano pastoral foi o Congresso das Famílias, curiosamente uma iniciativa organizada não pela diocese do Algarve, mas por duas das suas paróquias, pese embora a acção tenha sido aberta a toda a Igreja algarvia. Para além desta foram ainda apontadas outras iniciativas que os conselheiros consideraram importantes para a consecução do Programa Diocesano de Pastoral, como a Jornada da Juventude na vigararia de Albufeira, o Dia da Igreja Diocesana ou a Vigília de Oração sobre São Francisco Xavier na vigararia de Portimão. Em contraposição, os conselheiros, também por unanimidade, identificaram o levantamento da realidade paroquial que a diocese algarvia se propôs como o aspecto de concretização do Programa Pastoral em que se verificaram “maiores dificuldades”. Outras dificuldades foram igualmente identificadas na reestruturação do Sector da Pastoral Familiar e criação das respectivas equipas paroquiais. Pastoral Familiar Ao nível da Pastoral Familiar, que foi objecto da reflexão do CPDA, os três grupos de trabalho sugeriram a realização de “encontros de casais em todas as paróquias do Algarve, aproveitando a passagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora nos próximos dois anos, para constituir as equipas paroquiais que fomentem um programa de Pastoral Familiar em cada paróquia”. A “criação de núcleos de reflexão e de oração em bairros e zonas, aproveitando para a formação de líderes” foram outras das sugestões apontadas. Os conselheiros sublinharam ainda a importância de “aproveitar os grupos que já existentes”, ao nível da Caritas, Equipas de Nossa Senhora, Movimento dos Cursos de Cristandade, entre outros. Foi proposta a realização de retiros para famílias (pais e filhos) com um programa que inclua uma componente exclusiva para pais e outra para filhos e outra ainda conjunta. Pediram-se que se promovam “encontros vicariais”, a partir das equipas paroquiais criadas por forma a estabelecer uma rede vicarial. Foi ainda proposta a realização de um encontro, no início do ano pastoral, com o Sector da Pastoral Familiar e todos os movimentos e paróquias para coordenação da Pastoral Familiar na diocese. Igualmente apontado pelos conselheiros foi a necessidade de uma “maior aposta na formação dos CPM – Centros de Preparação para o Matrimónio”, tendo em conta a orientação espiritual e acompanhamento e continuação da mesma depois do matrimónio. O CPDA sublinhou ainda que este reforço no CPM poderá ser feito em colaboração com as Equipas de Nossa Senhora, Movimento dos Cursos de Cristandade e outros Sugeriu-se ainda a integração dos jovens casais nos diversos movimentos. Igualmente aconselhada foi a “unificação de critérios de actuação pastoral na preparação para o Matrimónio” e a criação de uma rede que apoie a Pastoral da Vida. Pastoral Vocacional Ao nível da Pastoral Vocacional, o CPDA referiu-se à necessidade de valorizar e tornar conhecido o testemunho dos vocacionados algarvios à diocese, particularmente aos jovens, pelas diversas comunidades cristãs. Os conselheiros sublinharam ainda a importância de “promoção e divulgação das actividades do Pré-seminário” e de “incentivo à realização de experiências vocacionais”. Os membros do CPDA defenderam ainda a manutenção da realização do Lausperene, mas consideraram necessário “dar-lhe uma nova vida na comunidade”, por exemplo ao nível das paróquias, com a repetição de um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. A promoção de uma ‘Feira de Vocações’ para que cada instituto possa apresentar a sua missão e carisma à comunidade, culminando com uma Jornada Vocacional, foi outra das ideias que surgiram na Assembleia Plenária que teve lugar na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Rosário, em São Lourenço do Palmeiral (Pêra). Retiros, encontros por zonas e férias vocacionais, foram outras iniciativas sugeridas, assim como a “criação de garantes e acompanhantes nas comunidades”, pois constatou-se a “falta de formação dos catequistas para o acompanhamento e para a oração”, a par da “falta de subsídios”. Pediu-se ainda uma maior “dinamização da pastoral vocacional no meio universitário”. De forma geral, os conselheiros mostraram-se favoráveis à criação do Departamento da Pastoral da Juventude e Vocações, embora tivessem deixado alguns reparos, defendendo que “o trabalho com o Pré-seminário deve ser salvaguardado e continuar à parte”, “A Pastoral Vocacional deve promover o acompanhamento específico dos jovens que, efectuando determinada caminhada na Pastoral Juvenil, chegam ao momento particular de tomar a sua opção vocacional”, frisaram. Pastoral Sócio-caritativa Sobre a Caridade foi sugerida uma “aposta na revitalização e criação de grupos sócio-caritativos nas paróquias”, aproveitando a passagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora pelas paróquias. Na diocese apontou-se a “formação permanente aos agentes”, a “fomentação de um novo conceito de voluntariado” e a “prestação de colaboração às paróquias no atendimento social”. Sugeriu-se de igual forma a promoção de “encontros vicariais sobre documentos da Igreja” nesta área e continuação da realização das Jornadas de Acção Sócio-caritativa. Foi ainda aconselhada a “criação do Secretariado da Pastoral Sócio-caritativa”, e o aproveitamento da Internet para promover uma base de dados. Alteração dos estatutos para diminuição dos membros Já no final da reunião, o Bispo do Algarve que presidiu ao encontro, referiu-se à alteração dos estatutos daquele órgão consultivo da diocese algarvia. D. Manuel Quintas constatou que o CPDA “tem elementos a mais” e que isso “não faz sentido”. O Prelado pretende propor uma alteração aos estatutos para diminuir o número de membros. Isto deve-se ao facto de, ao longo do triénio para que são nomeados, muitos dos conselheiros acabarem por faltar às assembleias. Exemplo desta realidade foi o facto de a assembleia de sábado ter contado apenas com 25 dos 60 elementos. Por isso, o CPDA irá reunir-se ainda mais uma vez, no início do próximo ano pastoral, com a actual composição com vista a proceder à alteração estatutária.

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