UE/Presidência: Organizações da sociedade civil têm de reclamar o seu espaço – presidente da Plataforma das ONGD (c/vídeo)

Patrícia Fonseca defende políticas «justas, coerentes e sustentáveis»

Lisboa, 18 Jan 2021 (Ecclesia) – Patrícia Fonseca, nova presidente da Plataforma das Organizações Não Governamentais de Desenvolvimento (ONGD), afirmou que a presidência portuguesa da União Europeia (UE) é “uma grande oportunidade” para as organizações da sociedade civil “reclamarem para si um espaço próprio”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, emitida hoje na RTP2, a responsável, ligada à Fundação Fé e Cooperação (FEC) realça que este arco temporal da presidência portuguesa é um desafio e uma “oportunidade especial” para a “definição e no desenho de implementação de políticas justas, coerentes e sustentáveis”.

A presidente da plataforma das ONGD, eleita em dezembro, sublinha que foi feito um “processo de consulta à sociedade civil portuguesa”, com cerca de 150 entidades nacionais, sobre as prioridades no âmbito da presidência portuguesa da UE.

Uma iniciativa para que, “juntos”, possa haver “uma posição concertada” na implementação de novas medidas.

Deste trabalho resultou um documento sobre as prioridades na presidência portuguesa da EU, apresentado “num seminário virtual” com vários interlocutores europeus que teve também a participação de “muitas organizações africanas”.

A plataforma das ONGD apresentou como “grandes prioridades” para a presidência portuguesa “afirmar uma Europa solidária e respeitadora do desenvolvimento global”; “garantir uma implementação da Agenda 2030 (erradicar a pobreza extrema mundial)”; “implementar o pacto ecológico europeu”; “políticas migratórias centradas nos Direitos Humanos”; e “combater as desigualdades e a exclusão social”.

Apesar de reconhecer que o programa da presidência portuguesa “é tímido” na aproximação que faz à sociedade civil, Patrícia Fonseca sente que houve “grande abertura” do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, que participou no seminário virtual.

“Esperamos que este diálogo se efetive e concretize”, referiu a entrevistada.

Em relação às migrações, Patrícia Fonseca salienta que “há muito caminho a fazer na União Europeia”, indicando que as ONGD têm “um papel fundamental” na mudança de rumo.

A Plataforma das ONGD integra cerca de seis dezenas de associações “todas muito diferentes” e que trabalham em áreas e temáticas que “convergem no ponto do desenvolvimento global”, conclui.

HM/LFS/OC

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