Ucrânia: Secretário de Estado norte-americano admite conversações de paz no Vaticano

Marco Rubio encontrou-se com cardeal Pietro Parolin

Foto: Lusa/EPA

Roma, 17 mai 2025 (Lusa) – O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse hoje que o Vaticano pode ser local para conversações de paz entre Rússia e Ucrânia, em resposta à disponibilidade do Papa para assumir este papel.

“É um sítio onde ambas as partes se sentiriam confortáveis em ir”, referiu o responsável, aos jornalistas, na Embaixada dos Estados Unidos da América em Roma.

Rubio encontrou-se com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e com o secretário do Vaticano para as relações com os Estados, D. Paul Richar Gallagher, na véspera de participar na Missa de início do pontificado de Leão XIV.

“Estaremos sempre gratos ao Vaticano pela sua disponibilidade para desempenhar este papel construtivo e positivo”, indicou o secretário de Estado norte-americano.

Num discurso proferido a 14 de maio, o Papa denunciou os “massacres” de vidas jovens em cenários de guerra na Ucrânia e Médio Oriente, ao receber responsáveis das comunidades católicas nestas regiões.

“Por sobre todo este horror, sobre os massacres de tantas vidas jovens, que deveriam provocar indignação, porque, em nome da conquista militar, são as pessoas que morrem, destaca-se um apelo: não tanto o do Papa, mas de Cristo, que repete: ‘Paz a vós’”, disse, na audiência que concedeu aos participantes do Jubileu das Igrejas Orientais.

O Papa, eleito a 8 de maio, dirigiu-se aos responsáveis políticos, para que abandonem as armas e se sentem à mesa das negociações.

“Para que esta paz se difunda, empregarei todos os meus esforços. A Santa Sé está à disposição para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que aos povos seja devolvida a esperança e seja restituída a dignidade que merecem, a dignidade da paz”, declarou.

Esta sexta-feira o cardeal Pietro Parolin, reiterou a oferta da Santa Sé, realçando que o fracasso das negociações em Istambul para chegar a um cessar-fogo foi “trágico”.

“Esperávamos que se iniciasse um processo, lento, mas positivo, para uma solução pacífica do conflito”, disse aos jornalistas, falando à margem de uma conferência

OC

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