Cardeal Krajewski entregou ambulância e inaugurou centro de reabilitação
Cidade do Vaticano, 26 jun 2024 (Ecclesia) – O cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé) e esmoler pontifício, mostrou-se chocado com a morte de jovens, na guerra que se vive na Ucrânia.
“Como é possível que, em 2024, ainda haja jovens a morrer nas guerras?”, questiona o enviado do Papa, na oitava visita à população ucraniana desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
A viagem serviu para entregar uma ambulância, oferecida pelo Papa. para as vítimas da guerra na Ucrânia, que vai servir população de Zboriv, na região de Ternopil, cerca de 400 quilómetros a oeste de Kiev.
O cardeal Krajewski, de nacionalidade polaca, esteve no cemitério de Ternopil, onde rezou junto a uma área para soldados que tinham acabado de ser sepultados.
“Não é possível que o mundo produza armas, que toda a gente ganhe dinheiro e que estes jovens percam a vida”, assinalou, em declarações ao portal de notícias do Vaticano.
O responsável disse ter-se encontrado com uma mulher grávida, junto à campa do marido, vítima das “coisas terríveis, sem misericórdia” que acontecem na Ucrânia.
Para além da entrega da ambulância, o esmoler pontifício inaugurou o Centro de Reabilitação “São João Paulo II” na diocese católica romana de Kamyanets-Podilskyy, para a reabilitação física e psicológica dos que sofreram traumas de guerra.
“Os soldados e as famílias daqueles que regressam, mas que estão destruídos, não podem viver com as suas famílias, precisam de ser tratados”, observou.
Ainda hoje, no Vaticano, o Papa Francisco recebeu quatro familiares de combatentes ucranianos, de Azov, condenados a prisão perpétua.
“Não recebemos cartas nem telefonemas e eles nem sequer nos dizem onde estão, só recebemos informações através dos meios de comunicação social”, referiram ao ‘Vatican News’.
Para as mulheres, a intervenção do Papa é vista como “a última oportunidade” de salvar os prisioneiros.
OC
Vaticano: Papa oferece ambulância para vítimas da guerra na Ucrânia